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BELO HORIZONTE
Patrus sugere outro nome em aliança, mas prefeito recusa
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
Embora aceite a tese da
aliança PT-PSDB em Belo
Horizonte, o ministro petista
Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) quer forçar a
troca do nome do candidato
a prefeito: sairia Márcio Lacerda e entraria a ex-reitora
da UFMG Ana Lúcia Gazzola, ambos do PSB. Mas o prefeito Fernando Pimentel
(PT) não aceita mudar.
A Folha apurou que, para
Pimentel, Lacerda -que é
secretário de Desenvolvimento Econômico do governo de Minas- é intocável, o
mais forte nome neutro,
condição para a construção
da aliança com o governador
Aécio Neves (PSDB).
Além disso, como o prefeito não vê riscos de derrota de
sua tese na votação que o PT
municipal fará no domingo,
não está disposto a fazer a
concessão para Patrus.
Aécio também não gosta
da idéia, mas, se necessário,
ele concordaria com a troca
para salvar a aliança.
Foi o governador tucano
quem filiou Lacerda e Gazzola ao PSB em setembro do
ano passado. Foi também
Aécio quem falou a Patrus da
opção Gazzola na primeira
conversa que os dois tiveram
em fevereiro.
Porém, seu secretário
sempre teve a preferência. O
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva soube por meio de
Aécio, em novembro, que ele
e Pimentel tentariam a
aliança e que o nome seria o
de Lacerda, que servira a Lula como secretário-executivo
do então ministro da Integração Nacional, o deputado
Ciro Gomes (PSB).
Lacerda e Gazzola não sabiam exatamente a finalidade da filiação ao PSB, mas
atenderam ao pedido.
Patrus, que sempre criticou a "imposição de cima para baixo" e a falta de "discussão programática" para a formatação da aliança, disse
anteontem que está "disposto a ajudar a construir um
nome que seja mais plural e
consensual".
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