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Decisão não foi influenciada, diz ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do TCU Valmir Campelo disse que o
fato de seu filho ter supostamente tratado de doações de campanha da Camargo Corrêa não tem
qualquer influência em
suas decisões nos processos envolvendo a empresa.
"Se tivesse alguma influência, eu não teria nem
punido como a firma está
punida há vários meses. Só
vou liberar se estiver dentro da lei. Se estiver fora,
não tem como."
Campelo disse que seu
filho, Luiz Henrique Bezerra, jamais tratou desse
assunto com ele: "Ele nunca me pediria uma coisa
dessa. Ele não se mete com
a empresa". E disse não ter
nenhuma relação com a
empresa: "Não conheço
nenhum diretor da Camargo Corrêa".
O ministro defendeu
seu filho, que, segundo ele,
está abatido por ter sido
citado no relatório da PF.
"Ele apenas tocou nesse
assunto [doações], ele
nem repassou. Ele não fez
nenhuma remessa, ele não
tem autoridade para isso.
E a Fiesp é uma entidade
muito séria", afirmou.
Ele disse ainda que Luiz
Henrique atua no Congresso, mas não é lobista:
"É claro que ele faz contato com os parlamentares.
É encarregado de manter
contato com as instituições públicas, mas não em
termos de lobista". Campelo afirmou não restar
dúvidas de que as doações
em questão foram legais.
Contatado pela Folha,
Luiz Henrique disse apenas que "sempre trabalhou em Brasília como representante de entidades". Não quis falar, argumentando que "o combinado" é que apenas a assessoria de imprensa da
federação se pronunciaria.
O presidente do TCU,
Ubiratan Aguiar, disse
desconhecer "totalmente"
o envolvimento de ministros nas investigações,
embora oficialmente não
tenha surgido até agora
nome de ministro no caso.
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