São Paulo, sábado, 28 de março de 2009

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Decisão não foi influenciada, diz ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do TCU Valmir Campelo disse que o fato de seu filho ter supostamente tratado de doações de campanha da Camargo Corrêa não tem qualquer influência em suas decisões nos processos envolvendo a empresa.
"Se tivesse alguma influência, eu não teria nem punido como a firma está punida há vários meses. Só vou liberar se estiver dentro da lei. Se estiver fora, não tem como."
Campelo disse que seu filho, Luiz Henrique Bezerra, jamais tratou desse assunto com ele: "Ele nunca me pediria uma coisa dessa. Ele não se mete com a empresa". E disse não ter nenhuma relação com a empresa: "Não conheço nenhum diretor da Camargo Corrêa".
O ministro defendeu seu filho, que, segundo ele, está abatido por ter sido citado no relatório da PF. "Ele apenas tocou nesse assunto [doações], ele nem repassou. Ele não fez nenhuma remessa, ele não tem autoridade para isso. E a Fiesp é uma entidade muito séria", afirmou.
Ele disse ainda que Luiz Henrique atua no Congresso, mas não é lobista: "É claro que ele faz contato com os parlamentares. É encarregado de manter contato com as instituições públicas, mas não em termos de lobista". Campelo afirmou não restar dúvidas de que as doações em questão foram legais.
Contatado pela Folha, Luiz Henrique disse apenas que "sempre trabalhou em Brasília como representante de entidades". Não quis falar, argumentando que "o combinado" é que apenas a assessoria de imprensa da federação se pronunciaria.
O presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, disse desconhecer "totalmente" o envolvimento de ministros nas investigações, embora oficialmente não tenha surgido até agora nome de ministro no caso.


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