São Paulo, sábado, 28 de março de 2009

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Câmara também paga ajuda de custo a servidores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O pagamento de "ajuda de custo" a servidores não é uma exclusividade do Senado. Na Câmara os funcionários também recebem parte do 14º e 15º salários que os deputados ganham ao final e início de cada ano. O pagamento é previsto no Ato 41, de 29 de agosto de 1996, assinado pelo então presidente Luis Eduardo Magalhães (na época era do PFL-BA).
Por meio da assessoria de imprensa, a Câmara negou pagar "diferença de teto", mas admitiu que os servidores efetivos comissionados recebem de acordo com a remuneração do congressista. Ou seja, quando o deputado recebe mais, o servidor também se beneficia.
A Casa se recusou a passar os valores referentes aos meses em que os deputados recebem um salário a mais. A Folha esperou os dados por três dias.
A Folha teve acesso ao contracheque de um servidor efetivo da Casa que comprova o pagamento da "diferença de teto". Enquanto no mês de fevereiro o funcionário recebeu R$ 8.256,05 de representação mensal, em março o valor foi a metade, de R$ 4.128,02.
Informado sobre o teor da reportagem, o primeiro-secretário da Casa, Rafael Guerra (PSDB-MG), não ligou de volta.
Ontem a Folha revelou que o Senado paga "diferença de teto" para seus servidores. Em dezembro foram gastos R$ 55,4 milhões com o pagamento adicional a 9.512 servidores e, em fevereiro, R$ 27,69 milhões.


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