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Tucano diz que sua candidatura está mantida
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB)
afirmou ontem, após assistir a
uma missa no Jardim Belém
(zona leste da Capital), que
manterá a pré-candidatura a
prefeito de São Paulo.
Alckmin participou, ao lado
da mulher, Maria Lúcia, e do
deputado federal José Aníbal
(PSDB), de uma missa em memória do ex-governador Mario
Covas, morto em 2001. A missa,
assistida por cerca de 200 pessoas, é realizada anualmente.
Na semana passada, o DEM,
que lançará o prefeito Gilberto
Kassab como candidato à reeleição, fechou uma aliança com
o PMDB do ex-governador
Orestes Quércia, o que foi interpretado por analistas políticos como uma séria ameaça às
pretensões de Alckmin.
Indagado se a candidatura
está mantida, Alckmin foi enfático: "Claro, não há nenhuma
mudança. Eu sou um homem
de partido. O que eu sinto é que
o sentimento do partido é pela
candidatura própria".
Novamente perguntado no
final da entrevista, o ex-governador reafirmou: "Não houve
nenhuma mudança. Eu sempre
disse o seguinte: o PSDB decide. Se o PSDB entender que é
candidatura própria, é candidatura própria".
Na entrevista, Alckmin disse
não crer na participação do Palácio dos Bandeirantes ou de
setores do PSDB na costura do
acordo fechado entre DEM e
PMDB.
"Não tenho nenhuma informação que confirme isso, ou
que diga respeito a isso [apoio
ao acordo do DEM]. (...) Eu
acho que não. O governador José Serra, que é um homem de
partido, vai estar na decisão
partidária. Aliás, como eu sempre estive, ambos que somos
fundadores do PSDB."
Alckmin também afirmou
que nem chegou a conversar
sobre o assunto com Serra.
"Não conversei. Nem estive
com ele depois."
Indagado sobre como recebeu a notícia do acordo, Alckmin desconversou: "Cabe ao
povo julgar as alianças, não cabe a mim fazer julgamento".
O ex-governador confirmou
ter conversado sobre o assunto
na semana passada com Kassab. "Nós já tivemos "n" encontros e eu sou um homem de diálogo, de construir pontes. Eu acho que nenhuma aliança está
descartada. Aliás, nós vamos
construir alianças. Agora, o
sentimento do partido é o sentimento de ter candidatura."
Em entrevista, o deputado
federal José Aníbal disse que
em maio haverá "um encontro
nacional" para apoiar o ex-governador. "Deputados, senadores, governadores, enfim, mobilizar o PSDB nacional para vir
prestigiar esse apoio à candidatura dele", disse Aníbal.
Na saída, Alckmin foi abordado por um militante do
PSDB. "É prefeito, governador?", perguntou o tucano, ao
que Alckmin respondeu: "Cinco de maio", referindo-se à data
em que PSDB municipal deverá
anunciar o seu candidato.
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