São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2008

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Tucano diz que sua candidatura está mantida

RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ontem, após assistir a uma missa no Jardim Belém (zona leste da Capital), que manterá a pré-candidatura a prefeito de São Paulo.
Alckmin participou, ao lado da mulher, Maria Lúcia, e do deputado federal José Aníbal (PSDB), de uma missa em memória do ex-governador Mario Covas, morto em 2001. A missa, assistida por cerca de 200 pessoas, é realizada anualmente.
Na semana passada, o DEM, que lançará o prefeito Gilberto Kassab como candidato à reeleição, fechou uma aliança com o PMDB do ex-governador Orestes Quércia, o que foi interpretado por analistas políticos como uma séria ameaça às pretensões de Alckmin.
Indagado se a candidatura está mantida, Alckmin foi enfático: "Claro, não há nenhuma mudança. Eu sou um homem de partido. O que eu sinto é que o sentimento do partido é pela candidatura própria".
Novamente perguntado no final da entrevista, o ex-governador reafirmou: "Não houve nenhuma mudança. Eu sempre disse o seguinte: o PSDB decide. Se o PSDB entender que é candidatura própria, é candidatura própria".
Na entrevista, Alckmin disse não crer na participação do Palácio dos Bandeirantes ou de setores do PSDB na costura do acordo fechado entre DEM e PMDB.
"Não tenho nenhuma informação que confirme isso, ou que diga respeito a isso [apoio ao acordo do DEM]. (...) Eu acho que não. O governador José Serra, que é um homem de partido, vai estar na decisão partidária. Aliás, como eu sempre estive, ambos que somos fundadores do PSDB."
Alckmin também afirmou que nem chegou a conversar sobre o assunto com Serra. "Não conversei. Nem estive com ele depois."
Indagado sobre como recebeu a notícia do acordo, Alckmin desconversou: "Cabe ao povo julgar as alianças, não cabe a mim fazer julgamento".
O ex-governador confirmou ter conversado sobre o assunto na semana passada com Kassab. "Nós já tivemos "n" encontros e eu sou um homem de diálogo, de construir pontes. Eu acho que nenhuma aliança está descartada. Aliás, nós vamos construir alianças. Agora, o sentimento do partido é o sentimento de ter candidatura."
Em entrevista, o deputado federal José Aníbal disse que em maio haverá "um encontro nacional" para apoiar o ex-governador. "Deputados, senadores, governadores, enfim, mobilizar o PSDB nacional para vir prestigiar esse apoio à candidatura dele", disse Aníbal.
Na saída, Alckmin foi abordado por um militante do PSDB. "É prefeito, governador?", perguntou o tucano, ao que Alckmin respondeu: "Cinco de maio", referindo-se à data em que PSDB municipal deverá anunciar o seu candidato.


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