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SISTEMA FINANCEIRO
Tucanos haviam desistido de presidência; Parga deve fazer exames
Pefelista se afasta e PSDB
assume comando da CPI
da Sucursal de Brasília
O senador José
Roberto Arruda
(PSDB-DF), ex-líder do governo
no Congresso,
assumiu interinamente ontem
a presidência da
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bancos, em meio a rumores sobre problemas de saúde
do titular do cargo, Bello Parga
(PFL-MA), e muita confusão na
cúpula política do governo.
Na véspera, em entrevista ao
programa "Roda Viva", na TV
Cultura, o presidente Fernando
Henrique Cardoso disse que gostaria que seu partido, o PSDB, tivesse
assumido a presidência da CPI.
A saída de Parga chegou a ser vista como a chance de o PSDB recuperar o comando da investigação.
Na época da criação da comissão,
os senadores tucanos recusaram a
oferta pefelista para presidir os trabalhos porque consideravam a CPI
dos Bancos inoportuna. Preferiram manter distância.
No início da tarde de ontem, o
presidente do Congresso, senador
Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), disse que Arruda assumirá a
presidência da CPI em caráter definitivo, caso haja necessidade.
Já o líder do PSDB, senador Sérgio Machado (CE), afirmou que o
cargo é do PFL. Caso Parga fique
impossibilitado de reassumir a
presidência, os pefelistas deverão
escolher seu substituto, avaliou.
Segundo ACM, Parga (atualmente com 70 anos) viajaria ontem mesmo para São Paulo para
fazer exames no Incor (Instituto
do Coração). Parga teria passado
mal depois da tumultuada sessão
da comissão em que determinou a
prisão do ex-presidente do Banco
Central Francisco Lopes.
A informação sobre os exames
não foi confirmada pela assessoria
de Parga. Arruda e o relator da
CPI, João Alberto (PMDB-MA),
disseram que Parga viajaria ao Rio
para tratar de assuntos pessoais.
Arruda foi chamado ao gabinete
de Parga ao meio-dia de ontem. O
presidente da comissão disse que
viajaria para tratar de interesses
particulares e que retornaria hoje.
Na tumultuada sessão da véspera, ACM desautorizou Parga. O
presidente da CPI quis fazer um recesso de cinco minutos no momento em que Lopes se recusou a
assinar o termo de compromisso
por meio do qual prometeria dizer
a verdade na condição de testemunha. "De jeito nenhum", disse o
presidente do Congresso.
O presidente nacional do PMDB
e autor do requerimento de abertura da CPI dos Bancos, senador
Jader Barbalho (PA), afirmou ontem que Parga retomará a presidência da CPI hoje.
Ele afirmou que aprovou o comportamento de Parga durante a
sessão de anteontem: "Ele agiu
com correção e elegância".
Reconvocação
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) propôs ontem à CPI dos Bancos a reconvocação do ex-presidente do BC Francisco Lopes. Ele
não seria convocado como testemunha, mas sim como acusado.
A proposta seria votada após o
depoimento do ex-diretor de Fiscalização do BC Cláudio Mauch.
A proposta de reconvocação já
havia sido feita pelo senador
Eduardo Suplicy (PT-SP) no plenário do Senado. Foi rechaçada
pelo vice-presidente da CPI, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), e por Jader.
"Não vejo por que chamar uma
pessoa que desrespeitou o Senado
por duas vezes", afirmou Arruda.
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