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outro lado
Deputado afirma ser "vítima de perseguição"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Paulo Pereira da
Silva (PDT-SP) disse ontem
que é "vítima de perseguição
política implacável" e que não
entende por que o corregedor
da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), considera
sua situação "grave" e "insustentável". Paulinho afirmou
que não vai renunciar como
forma de evitar eventual cassação no Conselho de Ética.
"Não sei onde está a gravidade que ele [Inocêncio Oliveira]
fala. Apresentei parte da minha
defesa porque não tive acesso a
todo o relatório da Polícia Federal, assim como ele também
não teve. Então, vou renunciar
de quê? Não devo nada", disse.
Paulinho afirmou que em depoimento à Justiça o consultor
Marcos Vieira Mantovani, da
empresa Progus, e João Pedro
de Moura, ex-assessor da Força
Sindical, admitiram que usavam indevidamente seu nome.
"Se os supostos envolvidos admitiram isso, por que eu continuo sendo acusado e tratado
como bandido?"
O deputado disse que usou
parte da verba indenizatória de
seu gabinete para pagar por
serviços de consultoria a Antônio Diniz (assessor da Força
Sindical) e Luiz Fernando
Emediato (presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de
Amparo ao Trabalhador) porque é permitido pela Câmara.
Sobre as 39 vezes que João Pedro de Moura esteve na Casa e,
em 12 delas em seu gabinete,
Paulinho foi irônico, dizendo
que nunca contou quantas vezes ele próprio esteve no gabinete. "Falo com todo mundo,
aqui ficamos muito expostos."
Por meio de nota, o deputado
afirmou que, "devido à implacável perseguição política que
estou sofrendo, em função do
trabalho que desenvolvo em
defesa dos trabalhadores", pediu ao presidente da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), que
remeta o processo o mais rápido possível ao Conselho de Ética. "Estou sendo vítima de ataques dos setores conservadores", disse o congressista.
(SI)
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