São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2008

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outro lado

Deputado afirma ser "vítima de perseguição"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) disse ontem que é "vítima de perseguição política implacável" e que não entende por que o corregedor da Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), considera sua situação "grave" e "insustentável". Paulinho afirmou que não vai renunciar como forma de evitar eventual cassação no Conselho de Ética.
"Não sei onde está a gravidade que ele [Inocêncio Oliveira] fala. Apresentei parte da minha defesa porque não tive acesso a todo o relatório da Polícia Federal, assim como ele também não teve. Então, vou renunciar de quê? Não devo nada", disse.
Paulinho afirmou que em depoimento à Justiça o consultor Marcos Vieira Mantovani, da empresa Progus, e João Pedro de Moura, ex-assessor da Força Sindical, admitiram que usavam indevidamente seu nome. "Se os supostos envolvidos admitiram isso, por que eu continuo sendo acusado e tratado como bandido?"
O deputado disse que usou parte da verba indenizatória de seu gabinete para pagar por serviços de consultoria a Antônio Diniz (assessor da Força Sindical) e Luiz Fernando Emediato (presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) porque é permitido pela Câmara. Sobre as 39 vezes que João Pedro de Moura esteve na Casa e, em 12 delas em seu gabinete, Paulinho foi irônico, dizendo que nunca contou quantas vezes ele próprio esteve no gabinete. "Falo com todo mundo, aqui ficamos muito expostos."
Por meio de nota, o deputado afirmou que, "devido à implacável perseguição política que estou sofrendo, em função do trabalho que desenvolvo em defesa dos trabalhadores", pediu ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que remeta o processo o mais rápido possível ao Conselho de Ética. "Estou sendo vítima de ataques dos setores conservadores", disse o congressista. (SI)


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