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Celso Daniel é réu em processo aberto ontem
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Promotoria de Cidadania
entrou ontem com uma nova
ação contra a prefeitura petista
de Santo André solicitando a
restituição de R$ 9,63 milhões
aos cofres públicos. Chama
atenção nesse processo o fato
de o prefeito Celso Daniel (PT),
morto em janeiro deste ano,
configurar entre os réus.
Anteontem, a Promotoria
entrou com outras duas ações
por improbidade administrativa (má administração), nas
quais solicitou a devolução de
R$ 46,54 milhões ao tesouro.
Desta vez, a prefeitura é acusada de firmar nove contratos
com a empresa Offício Serviços
de Vigilância e Segurança, entre abril de 1997 e setembro de
1999, sem licitação pública
-procedimento obrigatório.
A empresa foi contratada para
fornecer cerca de 200 vigilantes
para escolas e creches.
Como justificativa, o poder
público alegou a falta de tempo
hábil para iniciar uma concorrência e a necessidade imediata
de defender o patrimônio público e os munícipes.
O Tribunal de Contas do Estado, que julgou irregular 8 dos
9 contratos (o último está sob
análise), entendeu que não: "os
contratos temporários foram
firmados com habitualidade,
sem providências eficazes para
concluir uma licitação".
Pela lei n.º 8.666/93, que
transfere aos herdeiros do administrador investigado a responsabilidade pela devolução
de valores aos cofres públicos
nos limites da herança recebida, a Promotoria entendeu que
o espólio de Celso Daniel também deve contribuir para saldar os danos causados à cidade.
São réus da ação uma secretária, duas ex-secretárias e oito
servidores que, segundo o Ministério Público, contribuíram
com pareceres ou atitudes favoráveis às contratações sem
concorrência pública. A Offício
informou desconhecer qualquer irregularidade.
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