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Fiuza qualifica o
réu como 'facínora'
da Sucursal de Brasília
O ex-deputado Ricardo Fiuza
qualificou ontem o economista José Carlos Alves dos Santos como
"monstro", "facínora" e "desequilibrado".
Fiuza, que teve a cassação pedida
pela CPI do Orçamento, mas acabou se livrando do processo, foi
apontado por José Carlos como alguém que "tem jeito" para mandar matar alguém.
O economista, ex-diretor de Orçamento do Congresso, está sendo
julgado pelo assassinato de sua
mulher, Ana Elizabeth Lofrano.
Ele insinuou que Fiuza e o ex-deputado João Alves poderiam ser os
mandantes do crime.
"Esse sujeito é um facínora que
quer criar uma cortina de fumaça
sobre o caso. Nunca vi esse homem
direito", disse Fiuza, depois de
afirmar que não daria "uma única
declaração sobre o assunto".
O ex-deputado afirmou que não
pretende "polemizar" com José
Carlos. "Não vou me meter nessa
baixaria. Não vou fazer com que
ele cresça com isso."
Apesar de o julgamento não ter
terminado, Fiuza disse que José
Carlos "comprovadamente matou a mulher".
"Ele é um monstro, um desequilibrado", disse o ex-deputado do
PFL.
João Alves
Ao lançar suspeitas sobre os
ex-deputados, José Carlos alegou
que eles temiam que Ana Elizabeth
denunciasse as irregularidades cometidas na Comissão Mista de Orçamento do Congresso.
Segundo o economista, João Alves teria dito que é "muito fácil"
matar alguém.
O ex-deputado não foi localizado
pela Folha. Uma pessoa que atendeu o telefone em seu apartamento
no Rio de Janeiro disse que ele não
entra em contato "há muitos
dias".
O advogado Antônio Carlos
Osório, que trabalhou para João
Alves na época das denúncias de
corrupção da CPI do Orçamento,
disse à Folha que não tem mais informações sobre o ex-deputado.
Alves fazia parte do grupo, conhecido por "anões do Orçamento", que manipulava o Orçamento
no Congresso, com ajuda de José
Carlos.
(DANIEL BRAMATTI)
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