YALA SENA
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM TERESINA

A deputada federal Francisca Trindade (PT), 37, uma das políticas mais populares do Piauí, morreu às 2h30 de ontem, em São Paulo, depois de sofrer uma hemorragia no cérebro decorrente de um aneurisma (dilatação anormal de vaso sanguíneo).
O corpo da deputada foi trasladado para Teresina ainda na tarde de ontem. Cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar, recepcionaram a chegada do corpo ao aeroporto Petrônio Portela.
O caixão foi levado para o hangar do governo do Estado, onde familiares e amigos da deputada realizaram uma cerimônia reservada. Às 20h20, o caixão foi levado em cortejo, num veículo do Corpo de Bombeiro, para o ginásio poliesportivo Verdão, onde ocorreu o velório.
O enterro deve ser às 17h de hoje, no cemitério Santo Antônio.
Participariam do velório, ontem à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP) e os ministros José Dirceu (Casa Civil), e Luiz Gushiken (Comunicação de Governo), além do secretário nacional de Pesca, José Fritsch, do governador do Estado, Wellington Dias (PT), e do presidente nacional do PT, José Genoino.
Lula, que viajaria hoje de manhã para Fortaleza, antecipou a viagem ao Nordeste. Partiu para Teresina, de São Paulo, por volta das 20h50 de ontem. Segue para a capital do Ceará às 8h de hoje.
Trindade passou mau na sexta-feira, num discurso na 1ª Conferência Nacional de Aquicultura e Pesca. Foi internada em coma profundo no hospital Prontomed, em Teresina, onde foi diagnosticado um aneurisma cerebral. No mesmo dia, foi transferida para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Biografia
Foi eleita em 2002 com a maior votação do Piauí para a Câmara dos Deputados, com 11% dos votos válidos. Foi a sétima congressista mais votada do país em relação ao tamanho do eleitorado.
Professora nos ensinos fundamental e médio (antigos primeiro e segundo graus), Francisca das Chagas Trindade foi vereadora de Teresina (de 1995 a 1998) e deputada estadual (de 1999 a 2002).
Atuou em movimentos de sem-teto e foi fundadora de um dos maiores assentamentos da América, o Irmã Dulce, em Teresina.
Além do marido, Edilberto Borges de Oliveira, deixa os filhos Yan Kalid e Camila Kizzy.