São Paulo, Quarta-feira, 28 de Julho de 1999
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PFL comandaria hoje o conselho

da Sucursal de Brasília

O PFL, partido do senador Antonio Carlos Magalhães (BA), vai comandar o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, caso ele seja criado. São ligados ao partido o presidente e dois membros dos quatro integrantes da Comissão Permanente do Conselho Federal de Combate à Pobreza.
O conselho, se for criado, será presidido pelo pefelista histórico Marco Maciel, vice-presidente da República. Além dele, integram o conselho federal, de acordo com o projeto, os pefelistas Heráclito Fortes (vice-presidente da Câmara dos Deputados) e Humberto Souto (vice-presidente do TCU).
Souto desligou-se do partido para integrar o TCU. Quando estava no PFL, foi líder do governo Collor (90-92). Fortes, eleito pelo Piauí, era amigo do deputado Luís Eduardo Magalhães, filho de ACM morto no ano passado.
Também integrarão a comissão permanente e, portanto, o conselho o vice-presidente do Senado, Geraldo Melo (PSDB-RN), e um representante da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Além dos membros permanentes, o conselho federal terá cinco representantes dos secretários de Estado de Ação Social, dois representantes de sindicatos de trabalhadores e três de confederações patronais, dois dirigentes de entidades religiosas e cinco representantes da sociedade civil indicados pelo Congresso.
Também serão criados conselhos estaduais e municipais e grupos comunitários, responsáveis pela execução dos projetos.
Na entrevista em que anunciou o fundo, ACM disse que não existe rivalidade entre ele e o presidente Fernando Henrique Cardoso. "Não tem nada de rivalizar com o presidente. Eu quero a colaboração do presidente, sou amigo do presidente, quero o êxito do governo do presidente. Agora, evidentemente, se não fizerem nada de acordo conosco, com esses propósitos que nós temos, nós faremos via Congresso", afirmou.
ACM também reiterou que não será candidato a presidente da República em 2002 e que as tentativas de intrigá-lo com FHC não vão "medrar".
"Eu já estou vacinado. Não sei se ele está, talvez não esteja. Mas eu estou. (...) Respeito o meu cargo e o dele (FHC). Tenho admiração por ele, por suas qualidades. Mas isso também não quer dizer que ele seja infalível. Ele é tão falível quanto nós outros."
Segundo ACM, seu "sonho" é concorrer novamente ao Senado em 2002. (FLÁVIA DE LEON)


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