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PFL comandaria hoje o conselho
da Sucursal de Brasília
O PFL, partido do senador Antonio Carlos Magalhães (BA), vai
comandar o Fundo de Combate e
Erradicação da Pobreza, caso ele
seja criado. São ligados ao partido
o presidente e dois membros dos
quatro integrantes da Comissão
Permanente do Conselho Federal
de Combate à Pobreza.
O conselho, se for criado, será
presidido pelo pefelista histórico
Marco Maciel, vice-presidente da
República. Além dele, integram o
conselho federal, de acordo com o
projeto, os pefelistas Heráclito
Fortes (vice-presidente da Câmara dos Deputados) e Humberto
Souto (vice-presidente do TCU).
Souto desligou-se do partido
para integrar o TCU. Quando estava no PFL, foi líder do governo
Collor (90-92). Fortes, eleito pelo
Piauí, era amigo do deputado
Luís Eduardo Magalhães, filho de
ACM morto no ano passado.
Também integrarão a comissão
permanente e, portanto, o conselho o vice-presidente do Senado,
Geraldo Melo (PSDB-RN), e um
representante da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil). Além dos membros permanentes, o conselho federal terá
cinco representantes dos secretários de Estado de Ação Social,
dois representantes de sindicatos
de trabalhadores e três de confederações patronais, dois dirigentes de entidades religiosas e cinco
representantes da sociedade civil
indicados pelo Congresso.
Também serão criados conselhos estaduais e municipais e grupos comunitários, responsáveis
pela execução dos projetos.
Na entrevista em que anunciou
o fundo, ACM disse que não existe rivalidade entre ele e o presidente Fernando Henrique Cardoso. "Não tem nada de rivalizar
com o presidente. Eu quero a colaboração do presidente, sou amigo do presidente, quero o êxito do
governo do presidente. Agora,
evidentemente, se não fizerem
nada de acordo conosco, com esses propósitos que nós temos, nós
faremos via Congresso", afirmou.
ACM também reiterou que não
será candidato a presidente da
República em 2002 e que as tentativas de intrigá-lo com FHC não
vão "medrar".
"Eu já estou vacinado. Não sei
se ele está, talvez não esteja. Mas
eu estou. (...) Respeito o meu cargo e o dele (FHC). Tenho admiração por ele, por suas qualidades.
Mas isso também não quer dizer
que ele seja infalível. Ele é tão falível quanto nós outros."
Segundo ACM, seu "sonho" é
concorrer novamente ao Senado
em 2002.
(FLÁVIA DE LEON)
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