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ACM liderou reação contra aumento do IR em 97
GABRIEL J. DE CARVALHO
da Redação
O presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães, liderou a
reação parlamentar contra o ajuste fiscal proposto no final de 97,
cujo ponto mais polêmico era o
aumento das alíquotas do Imposto de Renda de pessoas físicas.
A posição assumida por ACM
naquela época contrasta com sua
proposta atual para o fundo de
combate à pobreza, que inclui
maior tributação para quem ganha mais de R$ 2.000 por mês.
Na emenda que apresentou, suprimindo da medida provisória
nº 1.602 o aumento do IR, o senador justificava que a não-correção
da tabela do IR por índices de custo de vida já representava aumento de tributação.
A tabela permanece congelada
desde janeiro de 96. De lá para cá
o IPC da Fipe acumula variação
de 16%.
No final das negociações com o
Congresso em 97, o governo acabou abrindo mão do aumento da
alíquota de 15% do IR, que passaria para 16,5%.
Foi aprovada apenas a elevação
da alíquota de 25% para 27,5%,
vigorando em 1998 e 1999, além
de outras medidas do chamado
Pacote 51.
Na ocasião, ACM afirmou que o
governo atendeu em parte sua
principal reivindicação, pois limitara o aumento do IR a quem ganha acima de R$ 1.800 por mês
(faixa a partir da qual o IR era de
25%, e agora, de 27,5%).
Mas disse ainda, em entrevista
em Salvador em 29 de novembro
de 1997: "Eu defendia e continuo
defendendo que não haja nenhuma mudança na alíquota do IR
para as pessoas físicas".
A compensação das perdas que
o ajuste fiscal teria com a limitação do aumento do Imposto de
Renda à alíquota de 25% foi feita
com a elevação da tributação sobre as aplicações financeiras, de
15% para 20%.
A solução, adotada pelo então
relator da MP nº 1.602, deputado
Roberto Brant (PSDB-MG), não
foi apresentada pelo PFL de ACM.
Baseou-se em emenda de um parlamentar do PT, o deputado Milton Temer (RJ).
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