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São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2003

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Reforma trabalhista não vai criar postos de trabalho, diz ministro

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, afirmou ontem que as reformas sindical e trabalhista não vão permitir a criação de empregos. A declaração foi dada quando o ministro participava da Conferência Estadual do Trabalho em São Paulo, que reuniu representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo para discutir as reformas.
"Não vamos vender ilusão. As reformas sindical e trabalhista não vão gerar emprego. Não vamos fazer essa mentira. Já passou uma década e todos diziam que o negócio era desregular [o mercado de trabalho]. Na Europa, na Argentina, por exemplo, as reformas não geraram emprego", afirmou Wagner. "O que gera emprego é crescimento econômico."
De acordo com o ministro, a reforma trabalhista pode "facilitar" a diminuição da informalidade ao deixar a folha de pagamento das empresas mais "liberadas" -mas também não pode resultar em "trabalho mais precário".
A reivindicação histórica dos empresários é flexibilizar a lei para reduzir os encargos. Com isso, haveria diminuição do trabalho informal -ao desonerar a folha de pagamento, as empresas registrariam os funcionários e aumentariam as contribuições para a Previdência-, além de evitar que o desemprego aumente.
"Não concordo com isso [a declaração do ministro]. As reformas sindical e trabalhista vão fazer com que o nível de desemprego não seja ampliado", disse o diretor do Departamento Intersindical da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Pedro Constantino Evangelinos. (CLAUDIA ROLLI)


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