São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Alckmin e Kassab criticam petista, que cita acidente do metrô para atacar tucano

DA REPORTAGEM LOCAL
EM SÃO PAULO

Os três principais candidatos à Prefeitura de São Paulo intensificaram ontem o confronto. Líder nas pesquisas, Marta Suplicy (PT) foi alvo de críticas do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e de Geraldo Alckmin (PSDB).
Mudando a estratégia inicial, a petista passou a atacar Kassab de forma dura no rádio e TV. Em eventos, também disparou contra Alckmin.
No rádio, música do programa petista falava que "hoje a prefeitura tem mais de [R$] 4 bilhões parados nos bancos". "Porque não aplica em obras? Ninguém merece!", ao que outro jingle respondeu: "Que conversa desse prefeito, ele só faz propaganda!"
A ofensiva contra Kassab começou anteontem, quando a petista o acusou de se apropriar de obras alheias. A estratégia de polarizar com Kassab, nos programas de TV, tem como um das explicações o fato de que muitos petistas consideram o prefeito um adversário mais "desejável" em um eventual segundo turno.
"Ela não respondeu aos nossos desafios porque a nossa gestão é melhor. Ou porque ela tem medo que eu lance o desafio de quem criou mais taxas. Aí ela vai ganhar", disse Kassab. Nos programas de hoje, ele tentará minimizar a relação de Marta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com Alckmin, o bate-boca se deu fora do programa eleitoral.
O tucano afirmou que o projeto da petista para expansão da malha do metrô "não pára em pé". Marta havia apresentado projeto para ampliar em 65 km a atual malha, só que a proposta difere do plano de expansão do governo paulista.
"Esse projeto, que é colocado na televisão [no programa eleitoral] não pára em pé, não tem o menor sentido", disse Alckmin, que governou São Paulo de 2001 a 2006. À noite, Marta retrucou: "O pouco que ele construiu caiu", disse, em referência ao acidente com a linha 4 do metrô.
Em sua gestão na prefeitura (2001-2004), Marta não investiu no metrô. Ela argumenta que enfrentou um momento de grande dificuldade financeira e que, quando o dinheiro apareceu, não havia projeto para o ponto em que ela queria investir. Alckmin rebateu: "Foi uma opção equivocada porque usou o dinheiro para fazer túnel que acaba em um semáforo".


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