São Paulo, sexta-feira, 28 de agosto de 2009
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Longe do fim
Mesmo petistas simpatizantes da candidatura de
Antonio Palocci ao governo paulista avaliam que o sinal verde recebido ontem do STF não terá o poder de
colocar imediatamente na rua o bloco do ex-ministro. Pergunta. Mas por que um placar tão apertado (5 a 4), quando tantos previam que o julgamento de ontem seria um passeio para Palocci? Resposta. No entender de um PhD em Supremo, o noticiário que precedeu a sessão de ontem se alimentou muito mais dos advogados de defesa e do Palácio do Planalto do que dos ministros do tribunal, que desta vez pouco deixaram vazar de suas inclinações. Eu sou... Há quem tenha visto um "aspecto institucional" no voto de Cesar Peluzo, que elogiou o inquérito da PF e a denúncia do Ministério Público e reconheceu a existência de delito, mas, na última hora, acompanhou o voto do relator Gilmar Mendes, definindo a vitória de Palocci. ...você amanhã. Vice-presidente da Corte, Peluso assumirá em 2010 a cadeira que hoje é de Mendes. Teria pesado em seu voto o desejo de não ser o responsável pela derrota do relatório do colega. Lembrete. Advogados que estavam no plenário avaliam que a presença de Francenildo ajudou a consolidar votos contra Palocci, em especial o de Carlos Ayres de Britto, que fez longa reflexão sobre a origem humilde do caseiro. Na beca. Francenildo, que nada falou durante a longa sessão, foi vestido da cabeça até quase os pés por seu advogado. As meias esportivas contrastavam com o terno. Velocidade da luz. Em 2007, quando o STF decidiu pela abertura de ação contra os 40 do mensalão, o auge da comunicação era o MSN, e vários ministros se complicaram quando flagrados no uso da ferramenta. Agora, na era do Twitter, eles acharam melhor ficar fora da rede. Protesto. A decisão pró-Palocci revoltou a procuradora da República Janice Ascari, que, no Twitter, protestou: "No momento da denúncia, o in dubio é pro societate, não pro reo!!! A dúvida é interpretada em favor da sociedade". Bônus. Vladimir Poleto, ex-assessor de Palocci em Ribeirão Preto e um dos personagens do caso do caseiro, ganhou há dois meses da Comissão de Anistia indenização de R$ 15 mil. Alega ter sido perseguido pela direção do Banco do Brasil na década de 80. Romaria. Em campanha contra a mudança no sistema de pagamento de royalties esperada no marco regulatório do pré-sal, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PMDB), visitou o governador José Serra (PSDB-SP). No vermelho. Dados da Confederação Nacional de Municípios apontam que a terceira remessa de agosto do FPM, a ser depositada hoje no caixa das prefeituras, encolheu 15% em relação ao ano passado. O valor é 5% inferior ao previsto pelo Tesouro. Água fria. A decisão da juíza federal Simone Barbisan Fortes, desqualificando parte da denúncia do Ministério Público contra Yeda Crusius (PSDB-RS), atrapalhou o plano da oposição de focar a CPI da Corrupção na governadora e na assessora Walna Vilarins. com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO Tiroteio O GSI espera que acreditemos que a segurança de qualquer prédio público da Esplanada é mais criteriosa que a do Palácio do Planalto. Do deputado RAUL JUNGMANN (PPS-PE), sobre a alegação do Gabinete de Segurança Institucional de que o circuito de câmeras não armazenaria imagens por mais de 30 dias. Contraponto Futurologia
No intervalo da sessão do Supremo para julgar o pedido
de abertura de ação penal contra Antonio Palocci, Jorge
Mattoso e Marcelo Netto conversavam os advogados José
Roberto Batochio, defensor do ex-ministro, e Alberto Toron, que representa o ex-presidente da CEF. Jornalistas
tentavam extrair da dupla uma previsão do resultado. |
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