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Ato da OAB vira palco de confronto
entre advogados e grevistas em SP
DA REDAÇÃO
O Ato Público pela Volta da Justiça, realizado ontem de manhã
pela OAB-SP em frente à sede da
entidade, na praça da Sé, em vez
de ser apenas um pedido de "Justiça já" feito pela sociedade civil,
como pretendia a ordem, virou
palco de confronto entre advogados e servidores do Judiciário.
Por volta das 10h, grevistas e advogados trocaram empurrões e
xingamentos. A Polícia Militar
-que estimou em 200 o número
de servidores e 300 o de partipantes do ato da OAB- precisou organizar um cordão de isolamento
para evitar agressões físicas.
Servidores ameaçavam os advogados, que respondiam. A PM e
os "pacifistas" evitaram brigas.
Uma das provocações mais repetidas pelos servidores foi chamar os advogados de "fascistas"
todas as vezes em que eles repetiam o mote do ato: "Justiça já".
"A OAB convocou uma manifestação de caráter fascista, contra
a luta dos trabalhadores", disse Zé
Maria, presidente nacional do
PSTU. "Esse ato é uma mancha na
história da OAB, que lutou contra
a ditadura, mas hoje luta contra
um direito dos trabalhadores que
está na Constituição."
Além do PSTU, apoiaram a manifestação dos servidores a CUT
(Central Única dos Trabalhadores) e o Sindicato dos Bancários
de São Paulo -cujos trabalhadores também estão em greve.
Em outra provocação, os servidores, de braços esticados, exibiam notas de R$ 1,00 -"em resposta aos que nos provocaram assim", disse um cartorário.
Além de provocações pessoais,
os servidores repetiam palavras
de ordem. Gritavam "Abaixo a
OAB" e "OAB é do Lalau", e exibiam cartazes pedindo CPI no Judiciário. O ato terminou por volta
das 11h15, e o caminhão de som
da OAB tocou "Alegria, Alegria",
de Caetano Veloso, um dos temas
da luta contra a ditadura.
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