São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006
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Otavio Frias Filho Suspense
DIAS FINAIS de grande suspense, a desmentir o mantra
sobre ter sido esta a mais
morna das campanhas
eleitorais.
![]() Goste-se ou não, o liberalismo é a ideologia dominante na nossa época. Depois de ser relegado ao museu de velharias por meio século (1930 a 1980), seus escassos apóstolos ridicularizados como passadistas, eis que o liberalismo subitamente voltou, mais triunfante que nunca, nos últimos 20 anos. É no sistema de mercado que a economia funciona melhor. Cabe ao Estado assegurar condições propícias ao mercado, tornando estimulante empreender. Alternativas à democracia representativa logo se mostram a antecâmara de alguma ditadura em nome das massas. Até os adversários do liberalismo admitem, a contragosto, esses seus tradicionais postulados. Quando assumem o poder (vide PSDB e PT), praticam uma política liberal temperada por compensações sociais bancadas pelo Estado, ou seja, pelo contribuinte. É o que José Guilherme Merquior chamava, já na época de Collor, de social-liberalismo. Mas ainda não surgiu um candidato que pregue o liberalismo sem meias medidas. Alckmin poderia ter sido esse candidato (não será outro o vetor de seu governo, em caso remoto de vitória), mas que marqueteiro o deixaria correr tamanho risco? OTAVIO FRIAS FILHO é diretor de Redação da Folha Texto Anterior: Janio de Freitas: Vazio como nunca Próximo Texto: Eleições 2006/Reta final: Lula ainda avalia os riscos e só decide hoje se irá ao debate Índice |
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