São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Record News
UNIVERSAL Edir Macedo, "proprietário da Record", roubou a cena na estréia do Record News questionando o "monopólio da notícia" pela Globo e dizendo que vai "democratizar a informação"

Cinco anos depois

Nas manchetes de Folha Online, Globo Online, UOL e outros, a bolsa "não pára de bater recordes" e ontem fechou "na marca histórica dos 61 mil pontos".
E Lula não pára de dar entrevistas em que só quer tratar de economia. Ontem abriu o Record News, com sinal na Net de Carlos Slim, e afirmou que FHC devia agradecê-lo, por estar realizando o que o antecessor queria e não conseguiu. Na noite anterior, falou a Charlie Rose, na americana PBS, sob salvas de que "o Brasil se tornou uma potência maior" e "Lula também tem uma história pessoal inspiradora, primeiro líder de classe trabalhadora eleito" etc. Na entrevista, ele foi instado a recordar sua primeira eleição em 2002.
No "Guardian", Conor Foley adiantou-se e já tratou do "quinto aniversário da eleição de Lula" em tom ainda mais simpático ao petista que o de Charlie Rose.

QUATRO CILINDROS
A "Economist" comprou a nova tese de Jim O'Neill, que criou o acrônimo Bric para Brasil, Rússia, Índia e China, e publicou ontem que a economia global não depende mais do "único motor" com que voavam os EUA. "A boa nova é que o mundo achou alguns novos motores poderosos na China e em outros emergentes." De quebra, o "Telegraph" deu ontem o novo relatório do Goldman Sachs, feito pelo mesmo Jim O'Neill, prevendo desaceleração no Japão, EUA e Europa. "O único ponto de luz", registrou o jornal, "é o quarteto Bric, com os quatro cilindros queimando".

G-BRIC
A agência russa RIA Novosti e a indiana PTI noticiaram a convocação de um novo encontro dos países Bric para o início de 2008 em Moscou.
Foi o que anunciou o chanceler russo. E o chanceler indiano acrescentou que os Brics vão "intensificar cooperação" em comércio, crescimento e sistema financeiro.

SEM CLIMA
Por outro lado, "Washington Post", "Financial Times" e agências acompanharam a reunião dos "países mais poluidores" convocada por George W. Bush para pressionar China, Índia e o Brasil.
Sem chefes de estado, o destaque maior ontem foi a mudança no "tom" da Casa Branca sobre aquecimento global.

EM FATIAS
A primeira pergunta a Lula, no Record News, foi sobre o alerta dado pelo PMDB do Senado, com o voto contrário à secretaria de Mangabeira Unger. Como era de esperar, ele fugiu de abordar a barganha de cargos. Horas antes, havia encontrado Romero Jucá, peemedebista líder no Senado, e depois chamado reunião "programática" com partidos da base na terça, como ironizou o blog de Josias de Souza.
Ecoava então no Globo Online a manchete "Petrobras: PMDB leva duas diretorias". Isso, só para o da Câmara.

PORTAS ABERTAS
E ontem foi o "FT" que noticiou que "o Brasil vai abrir suas portas às empresas de petróleo em rodada de concessões que vira tirar proveito de seu recente êxito na expansão de produção e reservas". O país "é fronteira inexplorada".

VELHOS FANTASMAS
Na disputa crescente por reservas pelo mundo, o "El País" deu ontem que "o petróleo das Malvinas ressuscita velhos fantasmas". O governo argentino já brande alertas.

ETANOL TAMBÉM
Deu nas agências e ecoou no site Stratfor, de "estratégia", o anúncio da Petrobras de que vai aprovar cinco usinas de etanol em Goiás e Mato Grosso e outras 15 até 2012.

VALE VS. PETROBRAS
Já a Vale, que vai enfrentar a Petrobras pelas concessões de gás, fechou o dia ontem em disputa com a estatal em outra frente, a Bovespa, como deu o blog de Lauro Jardim. É pelo "troféu de empresa com o maior valor do Brasil".


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@ - Nelson de Sá


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