São Paulo, segunda, 28 de setembro de 1998

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Jovens deixam projeto social

da Agência Folha

Vinte e cinco adolescentes que trabalhavam em carvoarias no município de Ribas do Rio Pardo (90 km de Campo Grande) e haviam sido incluídos num programa social do governo voltaram aos fornos após seu desligamento do programa -ao atingirem 15 anos.
No programa Bolsa Criança Cidadã, propalado pelo governo federal como uma solução para o trabalho infantil, eles recebiam R$ 50/mês para frequentar escola.
O retorno às carvoarias confirma na prática o maior defeito que organizações não-governamentais e a própria DRT têm visto no programa: seu caráter paliativo.
O programa atende cerca de 5.000 crianças de 7 a 14 anos.
A coordenadora que administra o programa, Márcia Delalíbera, 43, disse que "menos de 1%" das crianças originalmente atendidas se desligaram do programa. Ela não sabe quantas estão trabalhando.
Para o procurador do Trabalho Luís Camargo, 37, carvoarias só poderiam receber maiores de 18 anos e são emergenciais. Regina Rupp avalia que o programa é "bom para a emergência".



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