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SAÚDE
Projeto reduz o PIS e a Cofins
Serra quer diminuir impostos de remédios
EVANDRO SPINELLI
DA FOLHA RIBEIRÃO
O ministro da Saúde, José Serra,
anunciou ontem em Ribeirão
Preto (SP) que vai enviar para o
Congresso Nacional, ainda nesta
semana, um projeto de lei reduzindo os impostos para a fabricação de remédios.
De acordo com o ministro, o
projeto vai reduzir as alíquotas do
PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social) e precisa ser votado
até 15 de dezembro para que possa valer a partir de janeiro.
"Não vai ser fácil. Tem muito
espírito de porco no Congresso
que não quer saber se é bom ou
ruim", disse Serra durante a solenidade de assinatura de convênios com nove prefeituras da região de Ribeirão Preto.
Com os convênios, as prefeituras vão receber do governo cerca
de R$ 2 milhões em verbas para
reformas e ampliações de unidades de saúde e para a compra de
novos equipamentos.
Depois da solenidade, o ministro, que é senador pelo PSDB, mas
está licenciado do Congresso desde março de 1998, procurou amenizar a declaração anterior, dizendo que é possível aprovar o projeto e que existem alguns "espíritos
de porco" no Poder Legislativo.
"Não são muitos, mas sempre
tem alguns", disse Serra. Dois deputados federais participaram da
cerimônia de assinatura dos convênios: Francisco Graziano Neto
(PSDB-SP) e Antônio Palocci Filho (PT-SP), que foi eleito prefeito
de Ribeirão Preto nas últimas eleições municipais.
Impostos
O projeto de lei que o ministro
Serra pretende enviar ao Congresso nesta semana prevê o fim
da cobrança em cascata do PIS,
que tem alíquota de 0,65%, e da
Cofins, com alíquota de 3%.
Hoje, o PIS e a Cofins são cobrados em todas as fases, desde a
produção do medicamento pela
indústria farmacêutica até a venda do remédio ao consumidor na
farmácia. A proposta de Serra é
que esses impostos sejam cobrados apenas uma vez em todo o
processo.
O projeto prevê também a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os remédios
de 18% para 12%. Essa medida, no
entanto, depende da concordância dos Estados.
O objetivo dessas medidas, de
acordo com o ministro da Saúde,
é que o preço dos remédios seja
reduzido para o consumidor.
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