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TRANSIÇÃO
Mas a prioridade ainda é a área social, afirma o coordenador petista
Economia preocupa mais, diz Palocci
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O coordenador da equipe de
transição, Antônio Palocci Filho,
afirmou ontem que a área econômica é a que causa maior preocupação ao novo governo, pelas restrições impostas, mas acrescentou que a prioridade continua
sendo os projetos sociais.
Questionado sobre qual área do
atual governo estaria trazendo
maior preocupação para a equipe
de transição, Palocci respondeu:
"A área econômica é aquela que
tem uma situação de mais restrição. Mas, do ponto de vista da
nossa prioridade, é sem dúvida
nenhuma a articulação dos projetos sociais ", disse ele ao chegar à
reunião com as bancadas do PT
na Câmara e no Senado ontem.
Na reunião, os deputados apresentaram reivindicações específicas ao coordenador da transição.
Palocci afirmou que o PT ainda
não está no governo. Muitas das
medidas propostas, portanto, ainda dependem do atual governo.
Os deputados pediram para
participar da análise do quadro
do atual governo, que vem sendo
feita pela equipe de transição. Palocci disse que receberá contribuições dos deputados.
Divórcio
A transição de governo ocorre
num clima que não é "nem de lua-de-mel nem de divórcio", nas palavras de André Singer, porta-voz
do presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva.
Não há divórcio, segundo o porta-voz, porque há um "clima cordial" e um "diálogo fluente" entre
os dois lados.
Ao mesmo tempo, "aqui e ali",
há divergências quanto à avaliação da herança deixada pelo governo Fernando Henrique Cardoso, especialmente na área econômica -o que descaracteriza a
lua-de-mel.
O termo foi usado na semana
passada pelo governador reeleito
do Acre, Jorge Viana (PT), que
previu o fim das boas relações entre governo eleito e governo atual
com a divulgação do relatório elaborado pela equipe de transição.
Anteontem, Palocci deu declarações em sentido contrário. Disse que não foram encontrados
problemas antes desconhecidos e
que o relatório não seria uma peça
de "conflito político".
Uma versão preliminar do documento está sendo concluída
nesta semana, com a finalização
de uma série de diagnósticos setoriais. Lula decidirá se e quando o
relatório será divulgado.
O presidente eleito mantém o
mistério em torno de nomes e de
prazos para a sua definição. Por
meio do porta-voz, pediu "paciência" e afirmou que em seu governo "nada é casual, tudo é pensado, premeditado".
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