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São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 2003

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Mobilidade pode explicar distorção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Borá, em tupi-guarani, significa o conteúdo, em especial o conteúdo das colméias. No município criado há quase 40 anos e com o menor número de habitantes no Estado, poucos se arriscam a explicar o que acontece por dentro das cifras do eleitorado.
Segundo a Secretaria de Informática do Tribunal Superior Eleitoral, estavam cadastrados 1.077 eleitores na cidade, 34% a mais do que o número de habitantes.
Segundo o chefe do cartório de Paraguaçu Paulista, Aldecir de Almeida, responsável pela revisão eleitoral de Borá, menos de 500 títulos deverão ser confirmados no município. Ele especula que o inchaço do eleitorado se deve à falência de uma usina de álcool na cidade. Muitos moradores deixaram o município, mas mantiveram lá os seus títulos. A usina fechou faz mais de dez anos.
Durante a revisão do eleitorado, muitos apresentaram o cartão do centro de saúde como vínculo com o município, nem endereço tinham na cidade.
Na última eleição, o prefeito Nelson Celestino Teixeira, então filiado ao PSDB, foi eleito com 700 votos. Os brancos e nulos somaram 382, número próximo do total de títulos a serem confirmados na cidade durante a revisão.
No levantamento feito pelo TSE, São Paulo disputa com os Estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul o título de campeão em número de municípios com graves distorções.



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