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Telões serão o maior gasto do Planalto com a posse
Os cinco aparelhos vão custar R$ 270 mil; cerimônia vai consumir mais de R$ 1 mi
Governo deve gastar cerca de R$ 60 mil para levar à capital beneficiados por programas sociais; R$ 50 mil serão gastos com passagens
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Palácio do Planalto detalhou ontem os gastos com a cerimônia de posse do presidente
reeleito Luiz Inácio Lula da Silva. No total, o evento do dia 1º
de janeiro custará em torno de
R$ 1,15 milhão.
A posse acontecerá sem que o
presidente tenha definido quase nenhum nome de seu ministério no segundo mandato, sob
a argumentação de que, "em time que está ganhando", não há
pressa para mudanças. No entanto, postos-chave, como o de
ministro da Justiça, permanecem em aberto -Márcio Thomaz Bastos já confirmou que
sairá, mas seu substituto está
indefinido.
Também não haverá nenhum tipo de transmissão da
faixa presidencial. Lula colocará a faixa nele mesmo, sem nenhuma cerimônia pública.
Quando Fernando Henrique
Cardoso foi reeleito, em 1998,
foi o chefe do cerimonial quem
colocou a faixa no presidente,
no dia da posse. Agora, Lula
aparecerá sem faixa na primeira parte da posse e, quando ressurgir para subir a rampa do
Palácio do Planalto, já estará
com ela no corpo.
Telões
O maior gasto previsto para a
posse será com cinco telões de
LCD, que terão um custo total
de R$ 270 mil, cerca de um
quarto de toda a verba prevista
para o dia da cerimônia. Um deles ficará na Esplanada dos Ministérios, enquanto os outros
devem ficar nas proximidades
da praça dos Três Poderes
(atrás do Congresso Nacional,
entre o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto).
O governo deve gastar ao menos R$ 60 mil para levar a Brasília pessoas beneficiadas por
seus programas sociais e outras
iniciativas. Estão previstos
R$ 50 mil só para passagens aéreas e de R$ 10 mil a R$ 15 mil
para hospedagem e alimentação dos convidados.
Os convidados devem viajar
em vôos comerciais, mesmo
com a possibilidade de nova
crise nos aeroportos no Ano
Novo. "O governo não tomará
nenhuma medida em relação
aos seus convidados que os distinga dos demais brasileiros
que vão viajar no final do ano",
afirmou o coordenador-geral
da posse, Cesar Alvarez, que é
assessor especial da Presidência da República.
Questionado se a presença de
beneficiários dos programas
-que foram o carro-chefe de
Lula na campanha à reeleição-
não dá um caráter de propaganda à cerimônia oficial de posse,
Alvarez discordou. "Não creio,
porque o governo presta uma
homenagem ao povo brasileiro,
o leque é mais amplo", disse.
(PEDRO DIAS LEITE)
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