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Salário de adjuntos dificulta montagem da equipe de Serra
Auxiliares de secretários ganharão R$ 6,3 mil, quase metade do que recebem os titulares
De acordo com tucanos, o governador eleito não está disposto a conceder um reajuste para adjuntos, que depende de projeto de lei
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O reajuste do salário dos secretários estaduais de São Paulo produziu uma discrepância
entre o vencimento dos titulares e o de seus adjuntos. Como
o aumento só contempla os secretários -que receberão
R$ 11.875 mensais-, os adjuntos ganharão praticamente a
metade: R$ 6.255,12 brutos.
Segundo tucanos, embora
considere desagradável a situação, o governador eleito José
Serra não estaria disposto a
conceder um reajuste para os
adjuntos, o que dependeria de
um projeto de lei específico.
Mas, com dificuldade para a
montagem de suas equipes, os
tucanos já estariam cogitando a
idéia. Reclamando das seguidas
recusas aos seus convites, o vice-governador eleito e futuro
secretário de Desenvolvimento
Econômico, Alberto Goldman,
afirma que "inevitavelmente,
vai ser preciso reajustar os salários dos cargos de confiança
mais elevados".
Para ele, além de incompatível com a responsabilidade do
cargo, o salário não basta para
atrair convidados da iniciativa
privada. Até ontem, a quatro
dias da posse, Goldman ainda
não tinha escolhido seu adjunto. Segundo ele, a dificuldade
afeta a todos os secretários que
buscam auxiliares no mercado.
A alternativa, diz, é procurar
colaboradores entre funcionários de carreira, do meio acadêmico ou aposentados. O futuro
secretário do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, disse
que contou com "a estrutura da
máquina". Seu adjunto é Nelson Almeida, saído da equipe
de transição de Serra.
O secretário de Meio Ambiente, Xico Graziano, terá como adjunto o procurador Pedro Ubiratan. O secretário de
Fazenda, Mauro Ricardo Costa,
levou com ele seu adjunto na
prefeitura, George Tormin.
Outras secretarias, como Comunicação, Gestão, Energia e
Saneamento e Relações Institucionais ainda não foram concluídas. Segundo a assessoria
do escritório de transição, os
nomes de adjuntos ainda não
foram formalizados porque os
secretários ainda estão em fase
de convite. A ocupação de parte
dos cargos do segundo escalão
também deverá ficar para o ano
que vem, após negociação com
os deputados eleitos.
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