|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Discurso duro marca posse de Campos
LUIS RENATO STRAUSS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A transição de cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia foi
marcada por um discurso duro de
César Callegari, ex-secretário executivo, contra os críticos de o ministério ser conduzido por políticos e não técnicos ou pesquisadores. Eles foram chamados de "ignorantes" e de "visão pequena".
Eduardo Campos assumiu ontem o ministério no lugar de Roberto Amaral. Ambos são do PSB.
Callegari, que ocupou interinamente o cargo de ministro na última semana, afirmou que foram
os políticos que deram seqüência
a programas que beneficiaram a
ciência e tecnologia do país.
"Quem é que conseguiu em um
curto espaço de tempo fazer o
mais significativo reajuste da bolsas de pesquisadores brasileiros?"
Após dez anos de congelamento, as bolsas de mestrado e de
doutorado concedidas pelo órgão
serão reajustadas em 18%.
A cerimônia estava lotada. Estavam presentes os ministros Humberto Costa (Saúde), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social),
Roberto Rodrigues (Agricultura),
Eunício Oliveira (Comunicações), Aldo Rebelo (Coordenação
Política) e Dilma Roussef (Minas
e Energia) e o ex-ministro Cristovam Buarque (Educação).
O novo ministro afirmou que a
política de descentralização dos
investimentos do ministério somente será levada adiante com a
entrada de novos recursos. Até
2002, o sudeste recebeu mais de
50% dos investimentos do órgão.
"Não podemos penalizar os
centros de excelência do Brasil",
disse Campos. "Mas essa distribuição deve ser entendida como
uma desconcentração, na medida
que mais recursos vão surgindo."
Campos disse que não irá pedir
dinheiro para o governo, e sim articular para obter verbas em fundações e bancos de investimento.
Texto Anterior: Alencar pede palmas a chefe da Casa Civil Próximo Texto: PFL decide questionar criação de 2.797 cargos Índice
|