São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2004

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Discurso duro marca posse de Campos

LUIS RENATO STRAUSS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A transição de cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia foi marcada por um discurso duro de César Callegari, ex-secretário executivo, contra os críticos de o ministério ser conduzido por políticos e não técnicos ou pesquisadores. Eles foram chamados de "ignorantes" e de "visão pequena".
Eduardo Campos assumiu ontem o ministério no lugar de Roberto Amaral. Ambos são do PSB.
Callegari, que ocupou interinamente o cargo de ministro na última semana, afirmou que foram os políticos que deram seqüência a programas que beneficiaram a ciência e tecnologia do país.
"Quem é que conseguiu em um curto espaço de tempo fazer o mais significativo reajuste da bolsas de pesquisadores brasileiros?"
Após dez anos de congelamento, as bolsas de mestrado e de doutorado concedidas pelo órgão serão reajustadas em 18%.
A cerimônia estava lotada. Estavam presentes os ministros Humberto Costa (Saúde), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Roberto Rodrigues (Agricultura), Eunício Oliveira (Comunicações), Aldo Rebelo (Coordenação Política) e Dilma Roussef (Minas e Energia) e o ex-ministro Cristovam Buarque (Educação).
O novo ministro afirmou que a política de descentralização dos investimentos do ministério somente será levada adiante com a entrada de novos recursos. Até 2002, o sudeste recebeu mais de 50% dos investimentos do órgão.
"Não podemos penalizar os centros de excelência do Brasil", disse Campos. "Mas essa distribuição deve ser entendida como uma desconcentração, na medida que mais recursos vão surgindo."
Campos disse que não irá pedir dinheiro para o governo, e sim articular para obter verbas em fundações e bancos de investimento.


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