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Deputado credita evolução a economia e família
DA REPORTAGEM LOCAL
Arlindo Chinaglia disse que o
crescimento de seu patrimônio
deveu-se a economias que fez
de 2002 a 2006, além de contar
com parte das rendas de sua
mulher e de seu filho, médico.
Afirmou ter recebido cerca de
"R$ 600 mil" de salário na Câmara nos últimos quatro anos.
O deputado deu as declarações após participar de debate
na Folha. No meio da entrevista, parou de dar explicações, dizendo que precisaria "fazer as
contas". No sábado, mandou e-mail em que não cita a família.
Afirmou: "Meu patrimônio
subiu de R$ 169.802,37 (final
de 2002) para R$ 556.982,27
(final de 2005). Um aumento
de R$ 387.180,00, portanto. No
mesmo período, meus rendimentos (salários, rendimentos
de aplicações financeiras, 13º
salário, restituições de IR de
anos anteriores) foram de
R$ 774.159,00, já descontados
o Imposto de Renda e as contribuições previdenciárias. Não
tenho nenhuma outra fonte de
renda além das mencionadas".
Chinaglia afirmou que não
era necessário registrar o posto
na Junta ou em cartórios. "As
declarações à Receita Federal e
ao TRE são consistentes entre
si porque refletem rigorosamente a realidade. Nem a Receita nem o TRE reputaram as informações insuficientes."
Antônio da Cunha Lima disse que Chinaglia declarou à Receita o pagamento de R$ 150 mil para integrar a sociedade
no posto. Afirmou ser amigo do
deputado "há muito tempo",
por ter sido fundador do PT em
Bauru. "Resolvemos montar
uma empresa com uma cota de
participação, onde eu administro. O negócio é meu e dele. Tenho 50% e ele tem 50%."
Cunha Lima afirmou que o
posto não deu lucro nos últimos dois anos. "Tudo o que está entrando estamos reinvestindo. Compramos com bandeira branca, fizemos a loja de
conveniência." Ele disse que o
modelo de "sociedade em cota
de participação" dispensa o registro da propriedade na Junta.
"Dá uma agilidade muito grande. Não precisa fazer alteração
em contrato social."
Dos três candidatos na Câmara, o de maior patrimônio é
Gustavo Fruet (R$ 1,31 milhão). "É conseqüência do inventário. Passei a gerir parte do patrimônio herdado do meu
pai", diz o tucano. Seu pai,
Maurício, também político,
morreu em 1998. Além do salário, Fruet diz ter renda de aluguel de imóveis em Curitiba e de uma propriedade rural de
20 alqueires, também herdada.
A assessoria de Aldo Rebelo
disse que neste mandato o deputado vendeu um apartamento em São Paulo e comprou um terreno em Alagoas. Além disso, o salário da mulher, Rita,
jornalista, teria ajudado a elevar seu patrimônio.
(RV)
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