São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

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Deputado credita evolução a economia e família

DA REPORTAGEM LOCAL

Arlindo Chinaglia disse que o crescimento de seu patrimônio deveu-se a economias que fez de 2002 a 2006, além de contar com parte das rendas de sua mulher e de seu filho, médico. Afirmou ter recebido cerca de "R$ 600 mil" de salário na Câmara nos últimos quatro anos.
O deputado deu as declarações após participar de debate na Folha. No meio da entrevista, parou de dar explicações, dizendo que precisaria "fazer as contas". No sábado, mandou e-mail em que não cita a família.
Afirmou: "Meu patrimônio subiu de R$ 169.802,37 (final de 2002) para R$ 556.982,27 (final de 2005). Um aumento de R$ 387.180,00, portanto. No mesmo período, meus rendimentos (salários, rendimentos de aplicações financeiras, 13º salário, restituições de IR de anos anteriores) foram de R$ 774.159,00, já descontados o Imposto de Renda e as contribuições previdenciárias. Não tenho nenhuma outra fonte de renda além das mencionadas".
Chinaglia afirmou que não era necessário registrar o posto na Junta ou em cartórios. "As declarações à Receita Federal e ao TRE são consistentes entre si porque refletem rigorosamente a realidade. Nem a Receita nem o TRE reputaram as informações insuficientes."
Antônio da Cunha Lima disse que Chinaglia declarou à Receita o pagamento de R$ 150 mil para integrar a sociedade no posto. Afirmou ser amigo do deputado "há muito tempo", por ter sido fundador do PT em Bauru. "Resolvemos montar uma empresa com uma cota de participação, onde eu administro. O negócio é meu e dele. Tenho 50% e ele tem 50%."
Cunha Lima afirmou que o posto não deu lucro nos últimos dois anos. "Tudo o que está entrando estamos reinvestindo. Compramos com bandeira branca, fizemos a loja de conveniência." Ele disse que o modelo de "sociedade em cota de participação" dispensa o registro da propriedade na Junta. "Dá uma agilidade muito grande. Não precisa fazer alteração em contrato social."
Dos três candidatos na Câmara, o de maior patrimônio é Gustavo Fruet (R$ 1,31 milhão). "É conseqüência do inventário. Passei a gerir parte do patrimônio herdado do meu pai", diz o tucano. Seu pai, Maurício, também político, morreu em 1998. Além do salário, Fruet diz ter renda de aluguel de imóveis em Curitiba e de uma propriedade rural de 20 alqueires, também herdada.
A assessoria de Aldo Rebelo disse que neste mandato o deputado vendeu um apartamento em São Paulo e comprou um terreno em Alagoas. Além disso, o salário da mulher, Rita, jornalista, teria ajudado a elevar seu patrimônio. (RV)


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