São Paulo, quinta, 29 de janeiro de 1998

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Governador quer 'limpar' Estado

da Agência Folha, em Maceió

O governador Manoel Gomes de Barros (PTB) afirmou ontem que vai "limpar Alagoas do crime organizado". Ele disse que está sendo ameaçado de morte, mas não vai "esmorecer".
Ele disse que as presenças do ministro Iris Rezende (Justiça) e do diretor da Polícia Federal, Vicente Chelotti, reforçaram a tese de que o combate ao crime organizado "não tem volta". Os dois estiveram anteontem em Alagoas.
Barros, que é pré-candidato à reeleição, tenta apagar o estigma de ter sido vice do ex-governador Divaldo Suruagy (PMDB).
Suruagy sempre afirmou, até na publicidade oficial, que fazia um governo a quatro mãos com o amigo e vice-governador.
Barros assinou atos considerados lesivos no caso da emissão de títulos para pagamento de dívidas judiciais (precatórios), que foi investigado por uma CPI do Senado e acabou resultando na renúncia de Suruagy.
Apoio
A exoneração do secretário da Segurança, general José Siqueira Silva, foi uma demonstração de que o governador conta com o apoio do Palácio do Planalto.
Isso porque Siqueira Silva havia sido indicado pelo governo federal com o objetivo de fazer uma "limpeza" na polícia.
Agora, Barros nomeou um delegado de sua confiança para o cargo, representando o retorno do controle da Secretaria de Segurança ao governador.



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