DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Cristovam Buarque, que na semana passada reivindicou mais verba para a educação em 2004 e no dia seguinte foi repreendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concordou ontem com a crítica que recebeu.
"Eu comungo com o presidente e com o puxão de orelha que ele me deu. Presidente é para isso", disse Cristovam antes de fazer uma palestra para cerca de 450 alfabetizadores na Esaf (Escola de Administração Fazendária).
Depois, ao falar da necessidade de melhoria para a educação, o ministro completou: "Mas tenho certeza de que ele [Lula] é solidário com esses objetivos".
Na última terça, Cristovam pediu prioridade à sua pasta e reivindicou mais R$ 5,4 bilhões para investir em projetos no ano que vem. O orçamento da Educação neste ano é de R$ 18,7 bilhões.
No dia seguinte, Lula disse ao ministro que "quem tem pressa come cru".
Ontem, Cristovam ressaltou que os R$ 5,4 bilhões a mais são para 2004 e para anos seguintes.
"Não estou pedindo dinheiro para este ano, mas sim para os próximos. Não é possível que a educação seja relegada."
Também voltou a reconhecer que é necessário remanejar recursos dentro da própria pasta.
Cristovam repetiu que não tem críticas à atual política econômica. "Continuo defensor da política econômica. Tudo o que falo é sobre a orçamentária."
(LUCIANA CONSTANTINO)


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