São Paulo, terça-feira, 29 de maio de 2001

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PF apura envolvimento do Pactual

DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Federal instaurou ontem inquérito para apurar as denúncias encaminhadas pelo Ministério Público Federal sobre o suposto esquema de venda de informações privilegiadas ao banco Pactual por dirigentes do BC.
A origem da denúncia é a edição da semana retrasada da "Veja", que trazia o número da suposta conta da empresa Pactual Overseas Bank and Trust Limited de onde sairia o pagamento ao ex-presidente do BC Chico Lopes.
Lopes já veio várias vezes a público refutar a acusação. Seu advogado, João Mestieri, afirmou ontem, novamente, que "a denúncia é matéria requentada".
"Essa conta no exterior é uma coisa louca. O denuncismo pode atingir qualquer pessoa sobre qualquer fato. Não há nada de concreto", afirmou.
Por causa da conta bancária no exterior e da informação de que haveria fitas com gravações ilegais que comprovariam a existência do esquema, os procuradores da República encarregados da denúncia sobre o caso Marka/FonteCindam pediram novas investigações paralelas, que vão se somar a várias outras já em curso.
Eles também pediram à juíza da 6ª Vara Federal do Rio, Ana Paula Vieira de Carvalho, a quebra do sigilo da conta no exterior. Uma vez autorizada, a quebra do sigilo tem que chegar à Justiça dos EUA por carta rogatória, o que é feito por vias diplomáticas.
Até ontem, não havia informações sobre se essa autorização já foi dada pela juíza. O banco Pactual não se pronunciou.



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