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Pessebista propõe fim de privatizações
CLÁUDIA CROITOR
DA REPORTAGEM LOCAL
O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Anthony
Garotinho, afirmou ontem que, se
eleito, não irá privatizar mais nenhuma empresa estatal e deverá
promover auditorias nas privatizações feitas durante o governo
Fernando Henrique Cardoso.
"Nem Petrobras, nem Caixa
Econômica Federal. Não haverá
mais privatização nenhuma [em
um eventual governo Garotinho".
E todas as privatizações que foram feitas até agora serão auditadas", declarou o presidenciável à
rádio Transamérica FM, em São
Paulo, onde foi entrevistado ontem pela manhã.
O governo já afirmou que não
pretende privatizar a Petrobras e a
Caixa Econômica Federal.
O ex-governador do Rio disse
ainda que pretende auditar a dívida externa do Brasil. "Não vou decretar a moratória. Sou contra
qualquer tipo de calote, fica mal
para o país. Mas tem de haver
uma auditagem completa para
ver o que é pago e por que é pago."
Sobre as acusações que vem sofrendo por parte do empresário
Guilherme Freire, ex-colaborador
de campanha de Garotinho, o
presidenciável disse que não há
provas para acusá-lo. "Se alguém
provar que tenho mais dinheiro
do que declaro, abandono minha
candidatura à Presidência."
Freire acusa Garotinho de envolvimento com desvio de dinheiro público, fraude fiscal e importação ilegal de material hospitalar,
entre outros crimes que teriam sido cometidos de 1994 a 1997. As
acusações foram publicadas pelas
revistas "Carta Capital", "Veja" e
"IstoÉ" no final de semana.
"Esse cidadão [Freire" é um empreiteiro que ganhou muito dinheiro com obras da prefeitura
[de Campos" depois que eu saí de
lá. Ganhou milhões de reais com
obras que não foram feitas. Ele já
fez isso [acusações] em outras
eleições", afirmou Garotinho.
"As reportagens foram publicadas porque estava para ser divulgada pesquisa em que eu ultrapassava o candidato do governo.
Há um complô para favorecer o
candidato do governo", disse Garotinho. Anteontem pesquisa do
Instituto Sensus apontou Garotinho com 16,5%, contra 13,3% do
presidenciável tucano José Serra,
indicando empate técnico.
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