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Candidato do PPS vê "rota de fuga" no PT
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O ex-governador do Rio Grande do Sul Antônio Britto (PPS),
50, aposta no desgaste do atual
governo petista para derrotar seu
principal oponente na sucessão
estadual, o ex-prefeito de Porto
Alegre Tarso Genro (PT), e crê
que os petistas fogem de temas regionais ao tentar nacionalizar
questões da campanha.
""Eles estão em uma rota de fuga", disse ele, por telefone, durante viagem de campanha. Leia a seguir sua entrevista.
(LG)
Agência Folha - Qual a diferença
do sr. hoje em relação ao ex-governador que perdeu a possibilidade
de reeleição para o PT quatro anos
atrás?
Antônio Britto - A principal diferença é que eu desci para a planície, pela primeira vez em 15 anos.
Voltei a me comportar e viver como cidadão comum, fazendo
compras no supermercado, indo
ao banco.
Passei a simplificar mais as
ações e a aprender mais sobre as
reais prioridades das pessoas.
Agência Folha - O sr. é criticado
pelas privatizações que efetuou
durante seu governo. Há planos de
continuar esse projeto?
Britto - A Assembléia Legislativa
já encerrou esse assunto, porque
aprovou uma emenda vedando as
privatizações.
Agência Folha - Mas se o sr. tiver a
mesma maioria que teve na Assembléia quando governou, pretende
suprimir essa emenda?
Britto - Não tentaria fazer isso.
Ao contrário do PT, gostamos de
cumprir a lei.
Agência Folha - O sr. considera essa eleição mais ideologizada que o
normal?
Britto - Acho que, pela primeira
vez na história do Rio Grande do
Sul, todos já fomos governo. Na
eleição anterior, havia o voto-curiosidade.
Agora, será o voto-comparação.
Serão comparadas as administrações.
Agência Folha - O candidato do
PT, Tarso Genro, o comparou ao ex-presidente brasileiro Fernando
Collor e ao ex-presidente argentino Carlos Menem, dizendo que, se
o Rio Grande do Sul tivesse continuado sob sua administração de
1998 a 2002, o Rio Grande do Sul
estaria como a Argentina. Como o
sr. responde a essa afirmação?
Britto - A campanha do PT vem
sendo marcada por uma tentativa
desesperada de levar as eleições
para bem longe do Rio Grande do
Sul. O que o pessoal aqui quer discutir é que fim levaram as propostas feitas pelo PT em 1998 e quais
as relações do PT com o jogo do
bicho. Eles estão em uma rota de
fuga.
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