UOL

São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Governadores divergem sobre partilha da Cide

RAYMUNDO COSTA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Unidos no objetivo de tirar mais dinheiro da União na reforma tributária, os governadores se dividiram na discussão sobre como será feita a partilha dos 25% da Cide (contribuição cobrada sobre a venda de combustíveis).
A entrega aos Estados de 25% do que é arrecadado, cerca de R$ 2,5 bilhões ao ano, é um compromisso do presidente Lula.
O tucano Aécio Neves (MG) apresentou uma sugestão de medida provisória para a partilha da Cide. Obteve o apoio imediato de São Paulo, mas despertou a ira de seus colegas do Norte e Nordeste.
Pela proposta de Aécio, a divisão dos R$ 2,5 bilhões seria feita proporcionalmente ao consumo de combustíveis e à extensão da malha rodoviária de cada Estado. Ou seja, São Paulo e Minas Gerais ficariam com a parte do leão.
O tucano Cássio Cunha Lima (PB) apresentou uma alternativa: a partilha pelos critérios do Fundo de Participação dos Estados, que privilegia o Nordeste.
O governo federal, que pensava em dirigir a aplicação dos recursos, mudou de estratégia: avisou à comissão paritária Câmara-governadores que estuda mudanças na reforma que aceitará o que for acordado entre os Estados.
Uma das hipóteses em discussão na comissão é que 40% sejam distribuídos pelo consumo, 40% pela malha viária e 20% de acordo com o FPE. Cada Estado ficaria com cerca de R$ 75 milhões.
A aposta do governo é: enquanto os Estados discutem, não se juntam para exigir concessões.
Outro foco de tensão é a partilha do fundo para compensar os Estados por perdas da Lei Kandir (desonerou as exportações).


Texto Anterior: Empresários negociam alterações
Próximo Texto: Risco-Nanquim
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.