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OUTRO LADO
Tucano se diz vítima de ACM
do enviado especial
O ex-governador baiano Nilo
Coelho, agora pertencente aos
quadros do PSDB e candidato a
deputado federal, se define como uma vítima dos "superpoderes" do senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL), seu
adversário político.
"Todas as acusações, todas
as ações na Justiça, foram feitas
por Antonio Carlos", diz.
"Sorte minha é que ele manda
em tudo na Bahia, inclusive no
Judiciário, mas não controla a
Justiça do país."
O principal argumento usado
por Coelho é o conjunto de cinco processos encerrados contra ele no STJ (Superior Tribunal de Justiça), a quem cabe julgar governadores. Em nenhum
dos casos sofreu condenação.
O ex-governador, no entendimentos dos ministros do STJ,
não teve responsabilidade sobre gastos envolvendo dinheiro público. Para o grupo de
aliados de ACM na Bahia, o
ex-governador é um dos maiores beneficiados com a impunidade no Brasil.
Amparado pela decisão do
STJ, o ex-governador diz estar
tranquilo sobre a ação do governo baiano, que quer que ele
devolva o dinheiro gasto para
emagrecer em um spa e passar
o reveillon em um hotel.
Para Nilo Coelho, os gastos
não atingiriam R$ 10 mil atualmente. Por isso, ele também
discorda do valor de R$ 400
mil, segundo avaliação preliminar da Procuradoria de
Combate à Corrupção e Improbidades Administrativas.
Coelho atribui a cobrança à
insatisfação de ACM e do seu
grupo, que resistem a aceitar
decisões jurídicas que estejam
fora do âmbito da Bahia.
"Aqui (em Salvador), eles
mandam em todos os juízes, na
polícia, tribunais, e os seus inimigos estão naturalmente condenados", afirma Coelho.
Ficam impunes, em sua opinião, apenas os obedientes.
"Ele (ACM) dá um kit da impunidade aos que se aliam. Esses ficam protegidos pela polícia, TCE e Justiça", afirma.
"Até entendo os prefeitos que
se rendem a esse esquema,
pois, do contrário, ficam em
apuros", completa.
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