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MÉTODO PETISTA
Políticos governistas e sindicalistas comandam as nomeações
Loteamento de cargos cresce e chega aos bancos estatais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA
Na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a
partidarização da máquina pública não ficou restrita à
Esplanada dos Ministérios. Alcançou também as instituições financeiras estatais. Foram ao balcão cargos de
direção do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal,
Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
Levantamento realizado pela Folha nas últimas semanas constatou que o organograma dos bancos oficiais encontra-se apinhado de petistas, sindicalistas e
apadrinhados de políticos governistas. Sob a alegada
"competência técnica" dos nomeados, oculta-se, na
maior parte dos casos, a digital de um político.
Contemplaram-se de parlamentares notáveis -o
senador José Sarney (PMDB-AP), por exemplo- a integrantes do chamado "baixo clero" congressual
-como a deputada Kelly Moraes (PTB-RS). O agraciamento a petistas foi da São Paulo da prefeita Marta
Suplicy ao Acre do governador Jorge Viana.
Em meio a tantas mudanças, há casos como o de
Carlos Wengerkievicz. Chefiava um Escritório de Negócios da Caixa em Florianópolis (SC). Zeloso cumpridor de metas, ocupou o topo do ranking de eficiência
do banco. Foi substituído por Pedro Daniel Rudolfo.
Apadrinhou-o o suplente de deputado estadual Vânio
dos Santos, do PT catarinense. Ouvidas, as instituições
sustentam que as nomeações são guiadas pela técnica.
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