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São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 2003

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MÉTODO PETISTA

Políticos governistas e sindicalistas comandam as nomeações

Loteamento de cargos cresce e chega aos bancos estatais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

DA AGÊNCIA FOLHA

Na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partidarização da máquina pública não ficou restrita à Esplanada dos Ministérios. Alcançou também as instituições financeiras estatais. Foram ao balcão cargos de direção do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
Levantamento realizado pela Folha nas últimas semanas constatou que o organograma dos bancos oficiais encontra-se apinhado de petistas, sindicalistas e apadrinhados de políticos governistas. Sob a alegada "competência técnica" dos nomeados, oculta-se, na maior parte dos casos, a digital de um político.
Contemplaram-se de parlamentares notáveis -o senador José Sarney (PMDB-AP), por exemplo- a integrantes do chamado "baixo clero" congressual -como a deputada Kelly Moraes (PTB-RS). O agraciamento a petistas foi da São Paulo da prefeita Marta Suplicy ao Acre do governador Jorge Viana.
Em meio a tantas mudanças, há casos como o de Carlos Wengerkievicz. Chefiava um Escritório de Negócios da Caixa em Florianópolis (SC). Zeloso cumpridor de metas, ocupou o topo do ranking de eficiência do banco. Foi substituído por Pedro Daniel Rudolfo. Apadrinhou-o o suplente de deputado estadual Vânio dos Santos, do PT catarinense. Ouvidas, as instituições sustentam que as nomeações são guiadas pela técnica.



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