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ELEIÇÕES 2008 / PRESTAÇÃO DE CONTAS
Menor capital do país tem voto mais caro
Palmas lidera ranking, com custo de R$ 11,29 por eleitor; campanha em Rio Branco é a mais barata, com R$ 0,39 por voto
Gastos de candidatos das cidades líderes supera meta de R$ 7 em proposta da reforma política; razão seria custo de propaganda na TV
FELIPE BÄCHTOLD
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
A menor capital do país é
também aquela onde o voto
custa mais caro nas eleições de
2008. Em Palmas, os cinco candidatos a prefeito arrecadaram
até agora o equivalente a R$
11,29 por eleitor, conforme a segunda parcial da prestação de
contas divulgada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Na capital do Tocantins e em
Vitória (R$ 7,19), a projeção de
gastos por eleitor já ultrapassa
a meta de R$ 7 por voto da proposta de financiamento público de campanhas que integra o
projeto de reforma política em
tramitação no Congresso.
O alto custo de programas de
TV é citado para explicar os
gastos em capitais de tamanho
médio. O levantamento considera apenas a arrecadação parcial dos candidatos divulgada
pelo tribunal. Os partidos também podem fazer gastos por
meio dos comitês financeiros.
A prestação de contas de 19
candidatos de capitais ainda
não foi informada no site do
TSE. Dois deles, Gilberto Kassab (DEM, São Paulo) e Roberto Sobrinho (PT, Porto Velho),
comunicaram à reportagem
suas arrecadações parciais.
O candidato que proporcionalmente lidera a arrecadação
nas capitais também é de Palmas. Marcelo Lélis (PV), que
está em segundo lugar na pesquisa Ibope, já arrecadou R$
5,59 por eleitor. A reportagem
não conseguiu falar com ele durante a semana.
Por ter menos de 200 mil
eleitores, Palmas não terá segundo turno, o que faz com que
a arrecadação dos candidatos
se concentre até a data do primeiro turno. O mesmo fato
ocorre em Boa Vista, quinta colocada no ranking.
O segundo lugar na lista de
candidatos é de João Coser
(PT), que tenta se reeleger em
Vitória. Ele afirma que, com
mais de dez minutos na TV,
tenta fazer programas com a
mesma qualidade dos grandes
centros e diz que a proibição de
showmícios elevou os gastos
com materiais gráficos.
O menor valor proporcional
entre as capitais, no momento,
é o de Rio Branco, com R$ 0,39
por voto. Para um dos candidatos à prefeitura, Sérgio Petecão
(PMN), a "falta de estrutura"
torna a campanha mais barata.
Ele diz ter obtido R$ 16,6 mil
em doações.
Favorito, o atual prefeito,
Raimundo Angelim (PT), informou ter arrecadado R$ 62 mil
na segunda parcial. Segundo a
coordenação da campanha, porém, os gastos previstos são de
R$ 2 milhões.
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