|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Exército deve mostrar que aparelhos da Abin não grampeiam
RENATA GIRALDI
DA FOLHA ONLINE
A perícia realizada por técnicos do Exército, entregue pelo
Ministério da Defesa à Câmara,
também deve indicar que os
equipamentos disponíveis na
Abin (Agência Brasileira de Inteligência) não são capazes de
realizar interceptações telefônicas como a feita em conversa
entre o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Segundo a Folha Online apurou, a conclusão dos técnicos
do Exército é semelhante à da
Polícia Federal, ou seja, que os
equipamentos da Abin só poderiam fazer interceptações em
linhas analógicas. A conversa
entre Mendes e Demóstenes
foi feita em linhas digitais de telefones fixos e depois foi transferida para um celular.
O ministro da Defesa, Nelson
Jobim, havia acusado a agência
de possuir equipamentos com
capacidade de interceptação. A
acusação foi decisiva para a saída do então diretor-geral da
Abin Paulo Lacerda.
O presidente da CPI dos
Grampos, deputado Marcelo
Itagiba (PMDB-RJ), espera para os próximos dias a autorização de Jobim para retirar o caráter "confidencial" do laudo
técnico do Exército e pretende
analisar em sessão aberta a
conclusão dos militares do
Exército sobre os equipamentos da agência.
Escuta ambiental
A conclusão do laudo do
Exército, conforme a Folha
Online apurou, se aproxima do
que avaliou o INC (Instituto
Nacional de Criminalística), da
Polícia Federal.
No dia 18, a PF informou que
as maletas compradas pela
Abin em conjunto com o Exército indicavam que os equipamentos, apesar de não realizarem grampos telefônicos, têm
capacidade de fazer escutas
ambientais.
De acordo com o documento
do instituto, o aparelho Stealth
LPX, de posse da Abin, é "típico
para uso em interceptações de
áudio ambiental".
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Toda Mídia - Nelson de Sá: Porto seguro Índice
|