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CURITIBA
Liminar autoriza Ibope a divulgar pesquisas
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O Ibope conseguiu derrubar ontem à noite no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a proibição para
divulgação de pesquisas eleitorais
em Curitiba, baixada no dia anterior pelo juiz D'Artagnan Serpa
Sá. O juiz do TRE José Laurindo
de Souza Netto concedeu liminar
garantindo o efeito suspensivo da
determinação de Serpa Sá.
Com a liminar, o Ibope fica liberado para divulgar duas pesquisas
em Curitiba. A primeira, agendada para amanhã, pela TV Paranaense, afiliada da Globo no Paraná. A segunda será o resultado de
boca-de-urna. Serpa Sá proibiu as
pesquisas alegando que os institutos "manipulam os resultados
pressionados pelos candidatos".
No início da noite, o suplente de
vereador e superintendente da Secretaria de Governo Municipal,
Geraldo Yamada (PSB), prestou
depoimento na Polícia Federal
por suspeita de compra de votos.
Ele foi preso por um policial militar e levado à PF quando, segundo
denúncia da coligação pró-Ângelo Vanhoni (PT), tentava comprar
voto para Beto Richa (PSDB) da
candidata a vereadora Dona Rosa
(PSC). O PSB apóia Richa.
A polícia gravou a abordagem
em vídeo. Ex-vereador e ex-secretário de Indústria, Comércio e Turismo da gestão Cassio Taniguchi
(PFL), Yamada pagou R$ 300 à
candidata e teria se comprometido com emprego para a filha dela.
A Folha não o encontrou ontem.
A campanha do tucano, por sua
vez, protocolou ontem na Justiça
série de denúncias de abuso de
poder econômico e de autoridade, em benefício do PT, contra o
governador licenciado do Paraná,
Roberto Requião (PMDB).
Entre as acusações há uma lista
de placas de carros supostamente
oficiais flagrados em eventos políticos de Vanhoni. O PSDB distribuiu fotos em que alguns carros
aparecem com adesivos de vereadores do PT e do PMDB. Dois
checados pela Agência Folha não
são oficiais. Outras denúncias
acusam Requião de instruir a PM
a intimidar militantes de Richa.
A coligação tucana cita 16 fatos
para sustentar pedido de cassação
da candidatura Vanhoni e a suspensão dos direitos políticos de
Requião. O PSDB cogitou pedir
força federal, mas recuou.
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