São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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CURITIBA

Liminar autoriza Ibope a divulgar pesquisas

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O Ibope conseguiu derrubar ontem à noite no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a proibição para divulgação de pesquisas eleitorais em Curitiba, baixada no dia anterior pelo juiz D'Artagnan Serpa Sá. O juiz do TRE José Laurindo de Souza Netto concedeu liminar garantindo o efeito suspensivo da determinação de Serpa Sá.
Com a liminar, o Ibope fica liberado para divulgar duas pesquisas em Curitiba. A primeira, agendada para amanhã, pela TV Paranaense, afiliada da Globo no Paraná. A segunda será o resultado de boca-de-urna. Serpa Sá proibiu as pesquisas alegando que os institutos "manipulam os resultados pressionados pelos candidatos".
No início da noite, o suplente de vereador e superintendente da Secretaria de Governo Municipal, Geraldo Yamada (PSB), prestou depoimento na Polícia Federal por suspeita de compra de votos. Ele foi preso por um policial militar e levado à PF quando, segundo denúncia da coligação pró-Ângelo Vanhoni (PT), tentava comprar voto para Beto Richa (PSDB) da candidata a vereadora Dona Rosa (PSC). O PSB apóia Richa.
A polícia gravou a abordagem em vídeo. Ex-vereador e ex-secretário de Indústria, Comércio e Turismo da gestão Cassio Taniguchi (PFL), Yamada pagou R$ 300 à candidata e teria se comprometido com emprego para a filha dela. A Folha não o encontrou ontem.
A campanha do tucano, por sua vez, protocolou ontem na Justiça série de denúncias de abuso de poder econômico e de autoridade, em benefício do PT, contra o governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB).
Entre as acusações há uma lista de placas de carros supostamente oficiais flagrados em eventos políticos de Vanhoni. O PSDB distribuiu fotos em que alguns carros aparecem com adesivos de vereadores do PT e do PMDB. Dois checados pela Agência Folha não são oficiais. Outras denúncias acusam Requião de instruir a PM a intimidar militantes de Richa.
A coligação tucana cita 16 fatos para sustentar pedido de cassação da candidatura Vanhoni e a suspensão dos direitos políticos de Requião. O PSDB cogitou pedir força federal, mas recuou.


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