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PT e PSDB divergem sobre situação de moradores de rua
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram registrados mais de 58
casos de agressão a moradores de
rua na cidade de São Paulo nos últimos três anos. Em agosto, o assassinato de sete pessoas entre os
dias 19 e 22, no centro da cidade,
esquentou o debate sobre as políticas públicas para os moradores
de rua na cidade.
Os abrigos e albergues para a
população de rua são administrados pela prefeitura. Estudo encomendado pela Secretaria de Assistência Social estima em cerca
de 10 mil o número de pessoas
que vivem nas ruas de São Paulo,
a maioria na região central da cidade. O município conta com
7.500 vagas para atendê-los.
Município e Estado trocaram
acusações, à época. De um lado,
argumenta-se que o poder de polícia e, portanto, a responsabilidade pela segurança é estadual.
Já Edsom Ortega, coordenador
da campanha de José Serra, aponta para o déficit de vagas em abrigos como um dos indicadores da
insuficiência da política municipal e, portanto, como uma das
causas que tornaram os desabrigados vulneráveis aos ataques.
"Temos que nos perguntar porque tantas pessoas são obrigadas
a dormir nas ruas, porque não estão em abrigos, onde deveriam estar", diz o tucano.
Aldaíza Sposati, secretária de
Assistência Social, diz que é "reducionista" concluir que "para
cada morador de rua deve haver
uma cama". Ela diz que há uma
série de fatores que levam uma
pessoa a optar por morar nas ruas
e, muitas vezes, os mesmos fatores as fazem rejeitar a ida aos abrigos. A prefeitura não tem poder
para obrigar um morador a recorrer aos abrigos, apenas pode tentar convencê-lo a utilizá-los.
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