UOL

São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PRÓS E CONTRAS

Balanço de 1 ano deve dizer quem fica no governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende fazer no dia 18 de dezembro uma prestação de contas do seu governo. "Vamos fazer uma reunião aberta, com a participação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, para fazermos um balanço do primeiro ano", disse ontem o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.
Segundo Carvalho, a prestação será aberta à imprensa. O Palácio do Planalto planeja convocar uma entrevista coletiva para tratar do primeiro ano de seu governo. Também está em análise um pronunciamento nacional em cadeia de rádio e TV para Lula dar seus votos de bom Natal e Ano Novo à população e, de quebra, fazer o balanço de sua gestão em 2003.
Carvalho confirmou ainda que a Casa Civil e a assessoria especial do presidente estão fazendo um levantamento das informações em cada ministério para a prestação de contas do governo.
Como antecipou a Folha, a prestação deverá apresentar aspectos positivos (controle da inflação, por exemplo) e negativos (execução orçamentária baixa, entre outros).
A linha do balanço deve ser a de que 2003 foi um ano de plantar e de arrumar a casa e de que 2004 será um ano para colher e fazer as coisas da casa funcionarem melhor. Grosso modo, foram essas as metáforas usadas por Lula no final de semana para falar de sua prestação de contas.
Este balanço norteia a avaliação que Lula faz de cada ministro e será decisivo para a definição de quem sai e quem fica na equipe.
Lula tem deixado claro em conversas reservadas que pretende realizar uma reforma ministerial que melhore o gerenciamento de algumas áreas do governo. Ele estuda mudanças no primeiro escalão e também no segundo escalão, esfera da máquina pública que toca o dia-a-dia do governo.
Para Lula, não foi apenas o duro ajuste fiscal que impediu, por exemplo, maiores investimentos federais em 2003. Áreas do governo não funcionaram, na opinião do presidente.
Houve sobrecarga da poderosa Casa Civil e sobreposição de funções na área social. Pastas como Transportes e Ciência e Tecnologia também são mal avaliadas pelo presidente e pelo núcleo duro -o grupo de ministros e auxiliares petistas que se reúne com Lula para definir as diretrizes do governo federal.
O cronograma da reforma ministerial dependerá da aprovação final no Senado das reformas tributária e da Previdência.
A reforma previdenciária foi aprovada nesta semana em primeiro turno de votação. Ela deverá ser apreciada em segundo turno. Já a reforma tributária depende de negociações com PMDB, partido aliado, e a oposição.

Fim de ano
A intenção do presidente Lula é realizar um último compromisso público no dia 22 de dezembro. A partir dessa data, descansaria com a família durante o Natal e o Ano Novo em local que pretende manter em sigilo.


Texto Anterior: Orçamento: Descontente, base aliada ameaça governo
Próximo Texto: Previdência petista: João Paulo descarta votar PEC paralela agora
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.