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PRÓS E CONTRAS
Balanço de 1 ano deve dizer quem fica no governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva pretende fazer no dia 18
de dezembro uma prestação de
contas do seu governo. "Vamos
fazer uma reunião aberta, com a
participação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, para fazermos um balanço
do primeiro ano", disse ontem o
chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.
Segundo Carvalho, a prestação
será aberta à imprensa. O Palácio
do Planalto planeja convocar uma
entrevista coletiva para tratar do
primeiro ano de seu governo.
Também está em análise um pronunciamento nacional em cadeia
de rádio e TV para Lula dar seus
votos de bom Natal e Ano Novo à
população e, de quebra, fazer o
balanço de sua gestão em 2003.
Carvalho confirmou ainda que
a Casa Civil e a assessoria especial
do presidente estão fazendo um
levantamento das informações
em cada ministério para a prestação de contas do governo.
Como antecipou a Folha, a
prestação deverá apresentar aspectos positivos (controle da inflação, por exemplo) e negativos
(execução orçamentária baixa,
entre outros).
A linha do balanço deve ser a de
que 2003 foi um ano de plantar e
de arrumar a casa e de que 2004
será um ano para colher e fazer as
coisas da casa funcionarem melhor. Grosso modo, foram essas as
metáforas usadas por Lula no final de semana para falar de sua
prestação de contas.
Este balanço norteia a avaliação
que Lula faz de cada ministro e será decisivo para a definição de
quem sai e quem fica na equipe.
Lula tem deixado claro em conversas reservadas que pretende
realizar uma reforma ministerial
que melhore o gerenciamento de
algumas áreas do governo. Ele estuda mudanças no primeiro escalão e também no segundo escalão,
esfera da máquina pública que toca o dia-a-dia do governo.
Para Lula, não foi apenas o duro
ajuste fiscal que impediu, por
exemplo, maiores investimentos
federais em 2003. Áreas do governo não funcionaram, na opinião
do presidente.
Houve sobrecarga da poderosa
Casa Civil e sobreposição de funções na área social. Pastas como
Transportes e Ciência e Tecnologia também são mal avaliadas pelo presidente e pelo núcleo duro
-o grupo de ministros e auxiliares petistas que se reúne com Lula
para definir as diretrizes do governo federal.
O cronograma da reforma ministerial dependerá da aprovação
final no Senado das reformas tributária e da Previdência.
A reforma previdenciária foi
aprovada nesta semana em primeiro turno de votação. Ela deverá ser apreciada em segundo turno. Já a reforma tributária depende de negociações com PMDB,
partido aliado, e a oposição.
Fim de ano
A intenção do presidente Lula é
realizar um último compromisso
público no dia 22 de dezembro. A
partir dessa data, descansaria
com a família durante o Natal e o
Ano Novo em local que pretende
manter em sigilo.
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