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ASSIM É SE LHE PARECE
Ministro é forçado a ser ultra-ortodoxo, diz tucano
Palocci é como mulher de César, afirma Tasso
DA REPORTAGEM LOCAL
O senador Tasso Jereissati
(CE), presidente do PSDB, disse ontem que o ministro Antonio Palocci (Fazenda) é obrigado a aplicar uma política econômica "ultra-ortodoxa" que
gera resultados "medíocres"
por causa "da debilidade política do governo, da falta de confiança, em função da crítica dos
outros em relação a ela".
"Para parecer ao mercado
que não vai fraquejar, ele tem
que dar demonstrações constantes de que é ortodoxo, e aí
retém o crescimento da economia", disse o senador, após
participar de um seminário sobre turismo realizado num hotel em São Paulo.
"Não tem a história que a
mulher de César, além de honesta, também tem que parecer
honesta? No caso aí, a mulher
de César, o Palocci, não tem
que ser ortodoxa, ela tem que
ser ultra-ortodoxa, para parecer que é ortodoxa", explicou.
"Estamos nos distanciando
do resto do mundo, que está
cada vez melhor. Mas, no meio
da confusão em que o país está
-paralisado, totalmente paralisado-, a economia, pelo menos, está em equilíbrio."
Para ele, isso é melhor do que
"alguma coisa amalucada como as que têm saído por aí". "O
ministro ainda é o restinho de
governo que existe na administração Lula. O resto está paralisado", afirmou Tasso.
Tasso afirmou que o presidente enfraquece Palocci deliberadamente e que o PSDB não
é seu "fiador nem garantidor".
"Achamos ruim para o país
que o presidente fique jogando
com o ministro para cima e para baixo. Ora fortalece, ora enfraquece. Isso é muito ruim para o país."
(RAFAEL CARIELLO)
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