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Bräuer não descarta a política
e estuda propostas de emprego
da Sucursal do Rio
Menos de duas semanas depois
de deixar o governo, o ex-comandante da Aeronáutica Walter
Bräuer já recebeu propostas da
iniciativa privada e não descarta
entrar para a política.
"Não tenho vocação para isso (a
política), mas, se é para o bem do
país, contem comigo", disse
Bräuer, 62, que compareceu ao almoço no Clube de Aeronáutica
acompanhado pelo filho mais velho, Eduardo, 34, engenheiro.
Bräuer disse que tem "muito
sangue a dar" e não pretende parar de trabalhar, embora ainda
não saiba exatamente o que vai fazer. Seu filho disse que já chegaram propostas de empresas privadas, embora nenhuma tenha
agradado ao ex-comandante.
"Meu pai sempre disse que pretendia se dedicar à engenharia
quando se aposentasse, mas ele
não decidiu ainda e se acha muito
novo para se aposentar."
Assediado pelos jornalistas,
Bräuer se recusou a dar entrevistas durante todo o almoço, mas
parecia emocionado com as palavras de apoio. Falou por um rápido momento e comentou que não
tinha palavras para descrever a
homenagem prestada.
O ex-comandante da Aeronáutica defendeu as declarações que
fez sobre a ex-assessora de Elcio
Alvares Solange Rezende e que resultaram na sua demissão, classificando-as de "normais".
Segundo Bräuer, a interpretação dada às suas declarações é que
foi diferente do que ele realmente
pensava.
Na opinião do brigadeiro, o almoço de ontem e os discursos
contra o governo FHC não vão
abrir uma crise entre os militares
e o governo.
Ao deixar o Clube de Aeronáutica, Bräuer e os brigadeiros Ercio
Braga e Murillo Santos, organizadores do almoço, prestaram continência para se despedir, usando
o cumprimento militar.
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