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RIO
Eleito quer terceirizar cobrança da dívida
Garotinho divulgará pacote de 64 medidas
LUIZ ANTÔNIO RYFF
da Sucursal do Rio
O governador eleito do Rio, Anthony Garotinho (PDT), pretende
dar o pontapé inicial em seu governo divulgando um "pacote" com
64 medidas administrativas e fiscais na próxima semana -a primeira após a posse, na sexta-feira.
Entre as medidas está a terceirização da cobrança da dívida ativa
do Estado -estimada, segundo
ele, em R$ 9 bilhões. Parte desse dinheiro servirá para a criação de um
fundo previdenciário para servidores aposentados -que hoje
custam R$ 160 milhões/mês (cerca
de 44% da folha de pagamento).
"A terceirização agilizará a cobrança", afirmou Garotinho à Folha. Atualmente, o serviço é feito
pela Procuradoria do Estado.
Com a cobrança da dívida e a
venda de imóveis do Estado, o governador eleito pretende obter,
para o fundo previdenciário, R$ 5
bilhões nos seis primeiros meses
do ano -desonerando a folha.
Garotinho quer criar uma comissão para fazer auditoria dos
precatórios emitidos pelo Estado e
outra que irá analisar a dívida com
fornecedores -R$ 2,8 bilhões.
Entre as 64 medidas constam
projetos de lei -que irão à Assembléia Legislativa do Rio- e decretos e portarias -a serem publicados no "Diário Oficial".
Uma das decisões de Garotinho é
disponibilizar na Internet todas as
licitações feitas pelo governo. Outra medida é unificar a emissão de
contracheque para os servidores.
O objetivo é evitar que um funcionário acumule salários em órgãos diferentes da administração
estadual e3, com isso, ultrapasse o
teto de R$ 9.600 que será estipulado pelo governo fluminense no
início do ano. Segundo Garotinho,
cerca de 10 mil funcionários estaduais recebem acima desse limite.
Em janeiro, ele pretende solicitar
a Sérgio Cabral Filho, presidente
da Alerj, a convocação extraordinária dos deputados para votar o
limite e aprovar o redutor salarial
para quem receber acima do teto.
Uma das portarias ordena o retorno imediato dos servidores do
Estado cedidos a outros órgãos a
seus locais de origem. Hoje, segundo Garotinho, é o Estado que paga
o salário desses funcionários.
Além disso, algumas das portarias estabelecem programas de
metas e cotas de gastos de custeio
para cada secretaria.
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