São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 2001

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RUMO A 2002

Ato é marcado por manifestação de apoio

Garotinho assina filiação no PSB e começa a articular candidatura



LUIZ ANTÔNIO RYFF
DA SUCURSAL DO RIO

O governador Anthony Garotinho, 40, assinou ontem sua filiação no PSB já articulando a sua candidatura à Presidência da República. Com Garotinho, entraram ontem no PSB fluminense 3 deputados federais, 14 estaduais, 36 prefeitos, 115 vereadores e 11 secretários estaduais -a maioria vinda do PDT.
Hoje de manhã, Garotinho reúne a bancada de deputados estaduais do PSB para discutir a eleição para a mesa diretora da Assembléia Legislativa do Estado.
Sua principal preocupação é colocar a deputada Graça Matos, que também ingressou no PSB, na primeira vice-presidência da Alerj para que ela assuma o cargo de governador nos últimos meses do mandato. A eleição da mesa ocorre no dia 1º.
"É o próprio governador quem está articulando isso. É o desejo pessoal dele. Ele quer uma pessoa de confiança que fique no lugar quando ele se desincompatibilizar. Vou ser o estepe do governador", afirmou Graça.
A aposta de Garotinho é que a senadora Benedita da Silva (PT), que é vice-governadora, e o deputado Sérgio Cabral (PMDB), que deve manter a presidência da Alerj, tentem renovar seus mandatos em 2002. Para isso, eles não podem assumir o cargo de governador no período eleitoral.
Pela legislação eleitoral, se Garotinho fosse concorrer à reeleição, não precisaria se desincompatibilizar do cargo e se preocupar com quem vai substituí-lo.
Ontem, contudo, outras manifestações de articulações em prol de uma candidatura de Garotinho à Presidência foram dadas no ato de filiação na Uerj (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O governador do Rio subiu no palco do auditório da Uerj ao som de uma música que dizia "Garotinho, é o amigo da gente. Garotinho, eu quero ver presidente".
Enquanto as lideranças políticas discursavam para uma platéia de cerca de 2.000 pessoas, militantes distribuíam um panfleto assinado pelo "Movimento Garotinho Presidente", organizado pelo subsecretário estadual de Governo, Beto Matos.
Após o ato, ao ser questionado sobre essa possibilidade, o governador do Rio desconversou. "É muito cedo para discutir esse assunto. A hora é de fazer um programa, não de tratar de nomes.


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