|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estado foi "omisso" e "mínimo" na gestão FHC, critica Dilma
Discurso marca saída da ministra, que deixa amanhã Casa Civil para disputar Planalto
No lançamento do PAC 2, petista se emociona ao falar do governo Lula e diz que presidente deixará "herança bendita" para seu sucessor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em um evento organizado
ontem pelo Planalto para marcar a sua despedida do governo,
a ministra e presidenciável petista, Dilma Rousseff, acusou,
em discurso de 50 minutos, os
tucanos de terem implementado um Estado "mínimo" e
"omisso" na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
"Era o Estado do não", disse a
ministra, que amanhã deixa a
Casa Civil para iniciar a sua
corrida à sucessão. Na campanha, Dilma, terá como principal
adversário o governador tucano José Serra (SP), ministro na
gestão FHC. A última pesquisa
Datafolha divulgada no sábado
mostrou que Serra abriu nove
pontos sobre a candidata de
Lula, na segunda colocação.
"Não tinha planejamento estratégico, não fortalecia as empresas públicas, não promovia
alianças com o setor privado",
afirmou Dilma em fala na qual
anunciou as diretrizes de uma
segunda versão do Programa de
Aceleração do Crescimento.
Ao discutir o papel do Estado, Dilma repete o que já fizera
no discurso do congresso do
PT, em fevereiro, quando se
lançou oficialmente pré-candidata, e dá a tônica da campanha
petista, que propõe uma comparação plebiscitária entre o legado de FHC e o governo Lula.
"Hoje, por tudo isto, podemos dizer que, antes de ser um
Estado mínimo, ele foi um Estado omisso", completou a ministra, em uma tentativa de resposta à oposição, que a aponta
como "estatizante".
Diante de cerca de mil pessoas, entre as quais governadores, congressistas, ministros,
empresários e sindicalistas, a
ministra citou dezenas de números do PAC, trocou alguns
deles, atacou a oposição, foi
aplaudida seguidas vezes e, no
minuto final do discurso, ficou
com a voz embargada ao falar
do programa e da gestão Lula.
Todos no evento receberam
um exemplar de um caderno
com as principais diretrizes da
nova versão do PAC, com previsão de investimentos em infraestrutura entre 2011 e 2014.
Assim como fizera diante dos
militantes petistas, Dilma também afirmou que o governo petista deixará uma "herança
bendita" ao seu sucessor.
A fala de Lula encerrou o
evento. Ele enalteceu a atuação
da ministra no programa e se
referiu à pré-candidata como
"mãe eterna do PAC" e "avó do
PAC". O presidente também
respaldou Erenice Guerra como uma das executoras do
PAC. Ela assumirá amanhã a
Casa Civil.
(ES, LC e SI)
Texto Anterior: Análise: Publicidade é um dos alvos do programa Próximo Texto: Oposição chama PAC 2 de eleitoreiro e quer ir à Justiça Índice
|