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Proposta para
Forças Armadas
sai em dez dias
ELIANE CANTANHÊDE
DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai enviar para o
Congresso nos próximos dez dias
a proposta de reforma da Previdência específica para as Forças
Armadas, com uma novidade: o
aumento do tempo na ativa para
adquirir direito à aposentadoria.
Hoje, os oficiais se aposentam
aos 30 anos de carreira e passam
automaticamente para a reserva
quando atingem os prazos máximos de permanência em cada patente. O novo tempo exigido ainda está em discussão.
Outra novidade na reforma da
Previdência dos militares é que
eles perderão o direito a contar o
tempo nas escolas de preparação
de oficiais para a aposentadoria.
O tempo válido será o de contribuição -a partir do momento
em que passam a receber proventos e a descontar para o sistema.
Haverá também novas mudanças nas regras para pensão de filhas de militares, que é vitalícia. A
primeira alteração, feita no governo Fernando Henrique Cardoso,
acabou com o privilégio para os
militares que assumiram depois e
suas famílias. Agora, a intenção é
suspender também para os que já
estejam na ativa.
O governo, porém, trata toda a
questão com "cuidado", já que os
militares pagam 1,5% a mais, opcionalmente, para adquirirem o
direito para as famílias.
A intenção original do Palácio
do Planalto e do Ministério da
Previdência era deixar a reforma
dos militares para mais adiante,
para não ser "contaminada" com
eventuais reações negativas à reforma geral. Agora, o governo
analisa que a "contaminação" será positiva, com a aceitação maciça da reforma geral ajudando a
aprovar a dos militares.
A Folha apurou que o Ministério da Defesa e os comandos das
três Forças não receberam nenhuma proposta formal da reforma para o setor. O Ministério da
Previdência, porém, afirma que as
discussões e negociações vêm
ocorrendo com todos eles desde
janeiro.
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