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ELEIÇÕES 2004
Número menor de vereadores pouparia R$ 2 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DO ENVIADO ESPECIAL A INDAIATUBA
A extinção de 8.528 das 60.276
vagas de vereador do país determinada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) há um mês geraria
uma economia de R$ 2,2 bilhões
em quatro anos para os cofres públicos. O cálculo foi feito pela Folha com base em números da comissão especial da Câmara dos
Deputados que trata do assunto.
A decisão do TSE foi motivada
por ações que questionavam o fato de pequenas cidades terem
muitos vereadores.
Um projeto da Câmara, porém,
pode reduzir essa economia em
90%, para R$ 204 milhões. A Casa
propõe eliminar só 5.062 cadeiras
e concentra a redução nos municípios com até 15 mil habitantes,
aumentando cadeiras em quase
todos os que têm entre 50 mil e 1,4
milhão de habitantes. O corte
maior nas cidades pequenas produz economia menor, já que o salário dos vereadores é mais baixo.
Apesar disso, o projeto dos deputados é mais austero que o do
Senado, parado na Casa desde
1992, desengavetado anteontem e
que muda pouco o número de vereadores, na estimativa de alguns,
ou aumenta, na de outros.
Para Clésio Drumond, presidente da União Nacional dos Vereadores, a proposta reduziria em
123 esse total. Anteontem, o senador Tião Viana (PT-AC) disse haver projeções de aumento entre
3.400 e 7.000 vereadores.
Para Luiz Fernando Godói, presidente da União dos Vereadores
do Brasil, a classe dos vereadores
está sendo "bode expiatório". O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato,
defendeu a medida do TSE e disse
que a decisão do Senado tem motivação eleitoral: "[Os vereadores]
servem de base política para os
que estão no Congresso".
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