São Paulo, quinta, 30 de abril de 1998

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CONTAS PÚBLICAS

Déficit da Previdência pode chegar a R$ 10,8 bi

da Sucursal de Brasília

O déficit nas contas da Previdência Social neste ano pode chegar a R$ 10,8 bilhões, caso a reforma do setor não seja aprovada. Nos dois primeiros meses de 98, o déficit acumulado foi de R$ 504 milhões.
Em fevereiro, o saldo negativo foi de R$ 306 milhões nas contas da Previdência Social, o que representou o principal motivo para o déficit primário (sem contar despesas com juros) de R$ 35 milhões do governo federal, divulgado ontem. O conceito primário não inclui despesas com juros.
A estimativa para o déficit anual da Previdência foi divulgada pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Amaury Bier. Se a reforma for aprovada, haverá economia de R$ 100 milhões/mês nos 12 primeiros meses após a promulgação.
Esse cálculo representa um aumento em relação à estimativa anterior, feita pela Previdência, de R$ 10 bilhões de déficit neste ano. Os números já incluem o impacto do aumento do mínimo (R$ 130).
No caso da estimativa da Fazenda, o déficit é composto por R$ 6,3 bilhões, correspondentes à diferença entre a arrecadação líquida e o pagamento de benefícios para os 18,8 milhões de segurados.
Bier também inclui no déficit as despesas de R$ 3,5 bilhões do INSS com pessoal e encargos sociais. Gastos com auxílio a idosos com e deficientes físicos respondem por mais R$ 1 bilhão.
Mesmo com a aprovação da reforma, o equilíbrio nas contas da Previdência não deve ser obtido antes de 2005. No primeiro bimestre, o governo mostrou um superávit de R$ 359 milhões.



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