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Alckmin afirma que Lula apóia sua reforma
DA REPORTAGEM LOCAL
Após troca pública de elogios
entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
o tucano afirmou ontem que o petista defendeu a aprovação conjunta das reformas da Previdência
nos Estados e no Congresso Nacional. "O próprio presidente comentou comigo: "Nós vamos fazer esforço para aprovarmos juntos'", disse Alckmin.
O governador tem encontrado
resistência da bancada do PT na
Assembléia ao seu projeto de reforma da Previdência, enviado à
Casa na semana passada. O tucano apoiou a proposta de Lula de
emenda constitucional que reforma o sistema, enviada ao Congresso pelo governo em abril.
Lula e o tucano estiveram juntos
ontem durante dois eventos em
fábricas na região do ABC paulista. "Quero dar parabéns ao governador Alckmin. Todas as vezes
que o chamei a Brasília para que a
gente pudesse estabelecer políticas harmônicas, não só compareceu como tem dado uma contribuição extraordinária", disse Lula, ao lado de Alckmin, durante
solenidade na Ford, em São Bernardo do Campo (SP).
O governo federal teme que
uma eventual oposição do PT no
Estado faça com que o PSDB imponha barreiras à aprovação da
reforma proposta por Lula.
O ministro da Casa Civil, José
Dirceu, reuniu-se ontem, a portas
fechadas, com a bancada petista
da Assembléia. Na saída do encontro, os parlamentares do PT
abrandaram o discurso e disseram que eram a favor de uma negociação com o governador.
A reforma de Alckmin prevê
que alíquota de contribuição dos
servidores estaduais passe de 6%
para 11%, mesmo percentual cobrado dos servidores da União e
que Lula quer estender aos inativos. A bancada petista estadual
alega que a proposta tucana não
propõe faixas salariais a partir das
quais os servidores seriam tributados, diferentemente do projeto
federal. Neste último, a alíquota
de tributação para os atuais aposentados é de 11% sobre a faixa
que ultrapassar R$ 1.058.
Alckmin afirmou que a interpretação dos petistas é "equivocada", uma vez que o projeto enviado à Assembléia não trata dos inativos. Para que o tema seja abordado no Estado, tem de haver primeiro a reforma na Constituição,
feita por meio da emenda constitucional. "Estamos tratando da
tributação dos servidores ativos.
As faixas da proposta do governo
federal tratam do inativo", disse.
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG, JULIA DUAILIBI E PLÍNIO FRAGA)
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