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São Paulo, sexta-feira, 30 de maio de 2003

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Alckmin afirma que Lula apóia sua reforma

DA REPORTAGEM LOCAL

Após troca pública de elogios entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o tucano afirmou ontem que o petista defendeu a aprovação conjunta das reformas da Previdência nos Estados e no Congresso Nacional. "O próprio presidente comentou comigo: "Nós vamos fazer esforço para aprovarmos juntos'", disse Alckmin.
O governador tem encontrado resistência da bancada do PT na Assembléia ao seu projeto de reforma da Previdência, enviado à Casa na semana passada. O tucano apoiou a proposta de Lula de emenda constitucional que reforma o sistema, enviada ao Congresso pelo governo em abril.
Lula e o tucano estiveram juntos ontem durante dois eventos em fábricas na região do ABC paulista. "Quero dar parabéns ao governador Alckmin. Todas as vezes que o chamei a Brasília para que a gente pudesse estabelecer políticas harmônicas, não só compareceu como tem dado uma contribuição extraordinária", disse Lula, ao lado de Alckmin, durante solenidade na Ford, em São Bernardo do Campo (SP).
O governo federal teme que uma eventual oposição do PT no Estado faça com que o PSDB imponha barreiras à aprovação da reforma proposta por Lula.
O ministro da Casa Civil, José Dirceu, reuniu-se ontem, a portas fechadas, com a bancada petista da Assembléia. Na saída do encontro, os parlamentares do PT abrandaram o discurso e disseram que eram a favor de uma negociação com o governador.
A reforma de Alckmin prevê que alíquota de contribuição dos servidores estaduais passe de 6% para 11%, mesmo percentual cobrado dos servidores da União e que Lula quer estender aos inativos. A bancada petista estadual alega que a proposta tucana não propõe faixas salariais a partir das quais os servidores seriam tributados, diferentemente do projeto federal. Neste último, a alíquota de tributação para os atuais aposentados é de 11% sobre a faixa que ultrapassar R$ 1.058.
Alckmin afirmou que a interpretação dos petistas é "equivocada", uma vez que o projeto enviado à Assembléia não trata dos inativos. Para que o tema seja abordado no Estado, tem de haver primeiro a reforma na Constituição, feita por meio da emenda constitucional. "Estamos tratando da tributação dos servidores ativos. As faixas da proposta do governo federal tratam do inativo", disse.
(JOSÉ ALBERTO BOMBIG, JULIA DUAILIBI E PLÍNIO FRAGA)


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