DA REDAÇÃO

O governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, rebateu as declarações do deputado federal Alberto Goldman, vice-líder do PSDB na Câmara. Disse que o deputado "não tem importância" no partido.
Na semana passada, Goldman criticou o encontro entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente do partido, Tasso Jereissati, e Aécio em Nova York enquanto São Paulo estava sob ataque do PCC e o presidenciável Geraldo Alckmin era criticado pelo governador Cláudio Lembo.
Goldman disse que FHC "falou demais", que Aécio estava "com sua tradicional pinta de boa vida" e que Tasso fez "pronunciamentos inconvenientes". Disse que todos encobriram, "de forma negativa", os esforços de Alckmin no Brasil.
Ontem, Aécio disse à rádio Jovem Pan que evitou comentar "o absurdo dessas declarações", mas logo a seguir criticou a subserviência de Goldman a Serra: "Goldman, na sua dedicação e no seu açodamento para permanentemente agradar o ex-prefeito José Serra, comete equívocos. Foi assim durante a pré-campanha de Geraldo Alckmin, quando ele atacou muito o nosso candidato".
Por fim, Aécio disse que as declarações de Goldman não tinham importância, "até porque ele não tem grande importância na estrutura partidária".
Ontem, em nota divulgada em seu site -e antes das declarações de Aécio- Goldman pediu desculpas. Disse que fez "observações críticas, leves, sobre declarações de companheiros que estavam em Nova York". Porém, em seguida, emendou: "coloquei um sentimento que é compartilhado por muitos que desejam a vitória do Geraldo Alckmin".
Mais tarde, procurado pela Folha para falar sobre o ataque de Aécio, Goldman disse estranhar a investida do governador de Minas, mas preferiu não comentá-la.


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