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Oposição acha que alagoano vai dar o troco
DA REPORTAGEM LOCAL
Identificando setores do
governo como fonte das denúncias que hoje desestabilizam o Congresso, parte da
oposição -especialmente do
DEM- aposta numa revanche do presidente do Senado,
Renan Calheiros, caso ele resista à crise que enfrenta.
Para o comando do DEM,
o vazamento de conversas
suas -transcritas ontem pela Folha- seria uma demonstração da atuação do
governo federal contra Renan. E, hoje fragilizado, Renan será menos subserviente se mantido no cargo.
Ontem, o vazamento de
uma lista de parlamentares
presenteados pela Gautama
endossou a idéia de ação do
governo. Segundo o senador
Heráclito Fortes (DEM-PI),
"há desconfiança de que setores do governo queiram
afetar o Congresso".
Para o presidente nacional
do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), Renan "deu a
entender, no discurso, de
que é de determinada ala [do
governo]".
Para Tasso, seria "leviano"
tomar decisão amparada na
palavra de um advogado [Pedro Calmon] "que não tem
esse nome todo". "São necessárias provas da acusação."
"A leitura é que de fato só
temos contra o Renan, no caso específico da Mendes Júnior, a palavra do advogado
que não é muito renomado.
Então, entre a palavra dele e
a de Renan, agora a palavra
do Renan vale mais."
Na oposição, a orientação
é esperar a evolução da crise.
Ainda assim, seria ideal que
Renan também apresentasse documentos comprovando sua defesa. No Senado, tudo está em suspenso.
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