São Paulo, quarta-feira, 30 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Oposição acha que alagoano vai dar o troco

DA REPORTAGEM LOCAL

Identificando setores do governo como fonte das denúncias que hoje desestabilizam o Congresso, parte da oposição -especialmente do DEM- aposta numa revanche do presidente do Senado, Renan Calheiros, caso ele resista à crise que enfrenta.
Para o comando do DEM, o vazamento de conversas suas -transcritas ontem pela Folha- seria uma demonstração da atuação do governo federal contra Renan. E, hoje fragilizado, Renan será menos subserviente se mantido no cargo.
Ontem, o vazamento de uma lista de parlamentares presenteados pela Gautama endossou a idéia de ação do governo. Segundo o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), "há desconfiança de que setores do governo queiram afetar o Congresso".
Para o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), Renan "deu a entender, no discurso, de que é de determinada ala [do governo]".
Para Tasso, seria "leviano" tomar decisão amparada na palavra de um advogado [Pedro Calmon] "que não tem esse nome todo". "São necessárias provas da acusação."
"A leitura é que de fato só temos contra o Renan, no caso específico da Mendes Júnior, a palavra do advogado que não é muito renomado. Então, entre a palavra dele e a de Renan, agora a palavra do Renan vale mais."
Na oposição, a orientação é esperar a evolução da crise. Ainda assim, seria ideal que Renan também apresentasse documentos comprovando sua defesa. No Senado, tudo está em suspenso.


Texto Anterior: Nova CPI: Deputados tentam hoje as 26 assinaturas que faltam na Câmara
Próximo Texto: Senador diz não ter prova de parte dos valores
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.