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PESQUISA
Levantamento CNI/Ibope mostra pior avaliação do governo até agora; índice de desaprovação do presidente é de 42%
Aprovação de Lula cai de 34% para 29%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
De acordo com a pesquisa CNI/
Ibope divulgada ontem, a popularidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva atingiu o pior patamar
desde o início de sua gestão. A
avaliação positiva do governo
caiu de 34% em março para 29%
em junho.
O índice empatou tecnicamente
com a avaliação ruim do governo
-26% das pessoas ouvidas. A
margem de erro é de 2,2 pontos
percentuais, para mais ou menos.
Outro índice que caiu foi o de
confiança no presidente. A taxa
dos que não confiam em Lula subiu de 36% para 43%. A confiança
dos entrevistados no presidente
caiu de 60% para 54%.
A pesquisa CNT/Sensus divulgada no dia 22 mostrava uma oscilação negativa na popularidade
do governo Lula -de 34,6% em
maio para 29,4% em junho (margem de erro de três pontos).
O levantamento divulgado ontem teve abrangência nacional e
entrevistou 2.000 pessoas em 140
municípios entre 17 e 21 de junho.
Os dados da pesquisa, encomendada ao Ibope pela Confederação
Nacional da Indústria, foram analisados pela MCI Estratégia.
A aprovação pessoal do presidente também está em queda. O
índice dos que desaprovam o presidente subiu de 39% para 42%.
Embora na margem de erro, a taxa pode ser considerada um aumento devido ao resultado global
das entrevistas, informou a MCI.
A aprovação de Lula variou negativamente de 54% para 51%.
O maior aumento da desaprovação do governo foi em relação à
taxa de juros. Dos entrevistados,
60% desaprovam a atuação do
governo nessa área. O índice era
de 50% em março. "Há um debate
intenso sobre juros. Além disso,
as pessoas percebem que a recuperação da economia ainda não é
suficientemente forte. Elas associam esses dois temas", disse
Marco Antonio Guarita, diretor
de Desenvolvimento da CNI.
A maior queda na aprovação
pessoal de Lula ocorreu na população de baixa renda. Entre os que
ganham até um salário mínimo, o
índice caiu de 66% para 54%. A
pesquisa foi feita após a primeira
votação do mínimo de R$ 260 na
Câmara dos Deputados.
A queda da aprovação do presidente também foi mais significativa entre as mulheres -de 52%
para 47%. Entre os homens, variou de 57% para 55%.
Num questionário no qual o entrevistado deveria indicar os piores resultados do governo, os
mais citados foram as ações para
reduzir o desemprego e segurança/combate à violência.
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